O mercado do boi gordo seguiu pressionado negativamente na segunda quinzena de setembro, com o ritmo da pressão de baixa ganhando força. As indefinições sobre a retomada das exportações para o gigante asiático (China), e a entrada de gado de confinamento em maior volume estão pressionando o mercado.
O governo do Brasil confirmou dois casos atípicos de “mal da vaca louca” no início de setembro e, de acordo com a política bilateral com o mercado chinês, suspendeu as exportações de carne bovina.
O caso já foi encerrado pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e, a retomada das negociações à China está nas mãos do mercado asiático. A situação afastou os compradores das compras no primeiro e, somado a um aumento da oferta de gado confinado, derrubou os preços.
Considerando as 32 praças monitoradas pela Scot Consultoria, o preço médio da arroba do boi gordo recuou 2,1%, ou R$5,88/@, em relação à média da primeira quinzena de setembro/21, negociada hoje em média em R$268,80/@, preço a prazo, já livre de impostos.
No acumulado de setembro, nessa mesma base de comparação, recuo de 3,9%, ou R$11,00/@, na média Brasil.
Tocantins
No estado, o mercado trabalhou em queda livre, acompanhando o cenário nacional.
Na região Sul, o preço médio na segunda quinzena de setembro foi de R$283,95/@, à prazo, descontados os impostos, recuo de 2,4%, ou R$6,95/@, frente à média da primeira quinzena de setembro/21.
No Norte, o preço médio na segunda quinzena de setembro foi de R$283,77/@, à prazo, descontados os impostos, recuo de 2,7%, ou R$7,73/@, frente à média da primeira quinzena de setembro/21.
A referência para a região Sul, hoje (6/10), é de R$278,00/@, livre de impostos e a prazo, recuo de 3,3%, ou R$9,50/@ na segunda quinzena do mês e, para o Norte, a cotação é de R$279,00/@, queda mais leve, de 2,3% ou R$6,50/@. No acumulado do mês, queda de R$14,50/@ e R$13,50/@, para o Sul e Norte do estado, respectivamente.
O diferencial de base em relação ao estado de São Paulo, hoje, é de 2,6% no Sul e 2,3% no Norte do estado.
Reposição
O cenário no mercado do boi ditou o cenário de negociações travadas no mercado de reposição na segunda quinzena de setembro.
De olho na incerteza envolvendo o futuro das exportações, e o rumo do mercado do boi gordo em curto prazo, a intenção de compra no mercado de reposição ficou em segundo plano.
O volume de chuvas no Brasil também está influenciando a condição das pastagens, somado a um custo elevado para alimentação, também vem desestimulando compradores no mercado de reposição.
Considerando a média de todas as regiões e categorias monitoradas pela Scot Consultora, entre machos e fêmeas anelorados, houve queda de 0,3% nos preços nesta semana, frente à anterior. Já no acumulado de setembro, a queda foi de 1,6%.
Tocantins
No estado, os preços de animais para reposição seguiram sentindo os efeitos da pressão de baixa e dos negócios travados, com compradores ainda ausentes das negociações.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todas as categorias monitoradas, para animais machos, os preços recuaram 7,1% em setembro em relação à agosto.
O destaque da queda nas cotações médias dos animais mais jovens, que caíram entre 11,7% para os bezerros de desmama e 9,2% para o bezerro de ano.
Veja abaixo.
Boi Magro Garrote Bezerro Desmama
R$/cab. R$/cab. R$/cab. R$/cab.
ago-21 3937,50 3300,00 2950,00 2650,00
set-21 3840,00 3138,00 2680,00 2340,00
Conjuntural
As exportações brasileiras quebraram recorde em setembro, a China liderou os embarques apesar do embargo. Os embarques ocorreram pelo fato da produção e embalagem dessa carne exportada ser prévia a suspensão e, também, por parte de estoques já no porto.
Cabe destacarmos que, ao olharmos semana a semana para as informações, os embarques vieram em toada de baixa ao longo do mês, veja na figura abaixo.
Para mais informações sobre o mercado do boi gordo, acesse https://www.scotconsultoria.com.br/ .
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