Ayrton Senna é um dos maiores ídolos do Brasil. O piloto já foi considerado o maior herói do esporte nacional em algumas pesquisas e é cultuado mesmo muito tempo depois de seu falecimento.
Nesta segunda-feira, 1°, dia em que a morte do campeão de F-1 completa 29 anos, o DT traz a história de Senna.
Paulistano do bairro de Santana, Ayrton Senna nasceu com a velocidade correndo em suas veias. Incentivado pelo seu pai (Sr. Milton), aos 4 anos de idade já apresentava uma habilidade incrível com o Kart e, a partir disso, a paixão pelo barulho do motor acelerado só aumentou. Aos 9 anos, conduzia jipes com destreza característica de muita experiência; aos 13, já competia oficialmente. Terminou como segundo colocado diversas vezes, o que não o bastava. Foi quando, em 1977, pôde sentir pela primeira vez o saboroso gosto de uma vitória – e decidir que aquele era o seu lugar.
O desenvolvimento de Senna como piloto parte de muita inspiração do então garoto, que dedicava inúmeras horas do seu dia em treinamentos. Em 1981, começou a competir na Europa, ganhando o campeonato inglês de Fórmula Ford 1600 – com uma marca de 12 vitórias em 20 corridas. Foi nesse período que decidiu usar o sobrenome de solteira de sua mãe, Senna, já que Silva é um nome muito comum no Brasil. Em 1983, venceu o campeonato inglês de Fórmula 3 pela equipe Dick Bennets, com 13 vitórias em 21 corridas, sendo 9 delas consecutivas. Triunfou também no Grande Prémio de Macau pela Teddy Yip’s Theodore Racing Team. O piloto estava na sua melhor forma e em uma ascendente impressionante – absolutamente nada o tirava do foco que tinha.
Legado no esporte
No seu esporte, Senna deixou incontáveis marcas. Em 1990, o autódromo de Interlagos passou por uma mudança radical no seu traçado e foi proposta uma curva inclinada para ligar a reta dos boxes à curva do sol. Ayrton não perdeu a oportunidade e propôs que um “S” fizesse a ligação, numa clara alusão ao sobrenome tão adorado pelos brasileiros. Sua morte trouxe novas normas de segurança para a F1 que há muito já se faziam necessárias: novas barreiras, curvas redesenhadas para minimizar a possibilidade de acidentes, altas medidas de segurança e o próprio cockpit dos pilotos repensado.
Em dezembro de 2009, a publicação inglesa Autosport fez uma pesquisa com mais de 200 atletas do automobilismo para eleger o melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. O resultado não podia ser diferente: Ayrton Senna levou o título. A rede de comunicação estatal britânica, BBC, foi mais longe e o elegeu como melhor piloto de Fórmula 1 da história.
Além do reconhecimento público, Senna se tornou uma verdadeira inspiração para aqueles que iniciavam sua carreira em qualquer esporte. Focado nos seus objetivos finais, Ayrton não deixou que nenhum problema de percurso colocasse seus sonhos na fila do pit stop. Com ele, só o sucesso era mirado e, com doses cavalares de dedicação, atingido.
Digno de todo herói, o nosso também inspirou homenagens de todo tipo, de canções à moedas que estampavam seu rosto, de grafites ao Doodle, brincadeira que o buscador Google faz para destacar grandes ícones da história modificando sua logomarca, de samba enredo a série de TV. Ayrton Senna ultrapassou os limites do automobilismo chegando em todos os lugares, em todas as pessoas, em todas as tribos, e ainda hoje é um ícone relembrado em todo o mundo.
Patriotismo
Símbolo maior do patriotismo, Senna é um marco na vida dos brasileiros que vivenciaram suas vitórias. Mesmo sabendo que a bandeirada final seria a favor do nosso piloto, todos acordavam, ligavam as suas televisões e assistiam ansiosos pelo balançar da flâmula verde e amarela na volta final. Sua morte foi um dos baques mais sofridos por toda a nação. Quase não há quem não se lembre do que estava fazendo quando a triste notícia percorreu a imprensa. Apegando-se a um pranto disfarçado, o Brasil assistiu silenciosamente a sua trágica despedida e a última exibição do capacete amarelo e azul que tanto nos orgulhou. Apesar da dor e da saudade, Ayrton deixou sua marca sincera de um homem que lutou pelos seus sonhos e honrou a sua pátria até o último segundo de sua existência.
Tocantinense na infância
Senna tinha algo especial. Além da vocação e talento nas pistas, ele, carinhosamente, foi apelidado de Menino do Tocantins. Sua história com o estado é de berço e pode ser contemplada através de um livro e documentário.
Ambos relembram a história de Senna ainda criança no Estado do Tocantins, que na época, pertencia a Goiás. Em 1960 e meados de 1980, Senna com 7 anos aproveitava suas férias escolares, na fazenda Brejo, em Taipas, no sul do Estado. Ali era conhecido apenas como Becão, um anônimo que se destacava junto aos vaqueiros, meninos e meninas da mesma idade.
Sobre Ayrton Senna
Ayrton Senna (1960-1994) conquistou três vezes o campeonato mundial da Fórmula 1, correndo pela McLaren.
Em dez anos de F1, disputou 116 corridas, conquistou 65 pole positions e venceu 41 competições. Ganhou seis vezes o GP de Mônaco e, por isso, era chamado “O Rei de Mônaco”.
Senna (1960-1994) nasceu em São Paulo, no dia 21 de março de 1960. Filho de empresário do ramo metalúrgico, com quatro anos de idade ganhou seu primeiro kart. Com sete anos começou a treinar no kartódromo de Interlagos, em São Paulo. Conquistou diversos títulos correndo no Kart.
Em 1994 foi contratado pela equipe Williams. A primeira corrida da temporada de 1994 foi em Interlagos, no Brasil, onde conquistou a pole position, mas se envolveu numa colisão e abandonou a corrida.
Ayrton Senna da Silva morreu em Ímola, Itália, no dia 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, quando seu carro saiu da pista, na curva Tamburello, e bateu no muro de proteção.
Com informações – Portal Ayrton Senna
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