O presidente da Fesserto (Federação dos Sindicatos de servidores Públicos do Tocantins), Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), lamentou, nesta quinta-feira, 21 de junho, as declarações de Cleiton Pinheiro e os desdobramentos advindos da mesma, vazadas em áudio divulgado pela imprensa. Nas declarações, Pinheiro, orienta o governador interino e candidato, Mauro Carlesse, a demitir milhares de pessoas com contrato temporário logo após vencer no segundo turno da eleição suplementar, no domingo, 24 de junho.
“Dessa forma Cleiton Pinheiro desrespeita milhares de servidores, mesmo que não concursados. Não podemos concordar e muito menos aceitar que alguém, valendo-se de um projeto político pessoal, trate de forma tão perniciosa questão tão sensível como é o emprego e por não dizer, o sustento de 21 mil famílias. Que o governo precisa enxugar suas despesas com todo tipo de excessos, é fato conhecido há muito tempo. Com relação a isso não se discute. Ocorre que, quando o assunto é o servidor, seja estável ou não, a análise precisa ser mais criteriosa: transparência, diálogo e, sobretudo, respeito não podem faltar nesses casos. Num país em que a sociedade clama pelo banimento dos maus políticos, ver um candidato já em fase embrionária, envolver-se em práticas tão cruéis contra trabalhadores, é algo no mínimo estarrecedor, o que é maximizado quanto esse tal ‘candidato’ se diz sindicalista. Não acredito que alguém concorde que pelo fato do servidor não concursado não deva ser tratado com o devido respeito”, destacou Carlão.
O presidente da Fesserto afirmou que o Estado, obviamente, tem que priorizar concursos públicos, mas de forma planejada, obedecendo os critérios legais e elaborados dentro da capacidade do Estado.
“Hoje, a retirada total dos temporários pode inviabilizar o Estado. Claro que a solução é sempre o concurso, todavia, esses servidores não precisam ser desrespeitados e nem usados como massa de manobra por Cleiton Pinheiro”, salientou.
Por fim, o presidente da Fesserto parabenizou o governo interino por ter acertado o pagamento das data-base do funcionalismo público. “O governo resolveu um problema que se arrastava há meses”, frisou. (Da Assessoria)
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