Polícia Civil conclui investigação sobre tentativa de homicídio em 2016 em Paraíso

Um crime ocorrido há quatro anos em Paraíso do Tocantins, na região central e há 60 quilômetros de Palmas, foi desvendado nesta quinta-feira, 14, pela equipe da 63ª Delegacia de Polícia Civil de Paraíso. Segundo o responsável pelo caso, delegado José Lucas Melo, a história do crime é macabra e digna das telas de cinema.

O crime ocorreu em 23 de abril de 2016 e, conforme investigado, dois homens e um menor de idade mataram com um tiro na cabeça um ''colega''. O motivo teria sido uma discussão banal entre eles, que eram todos envolvidos na prática de crimes. Foi apurado que no dia seguinte quatro amigos vítima planejaram a vingança e para isso foram até uma residência em que um dos autores do crime estava e, com disparo de arma de fogo e facadas tentaram matá-lo. Ferido por um tiro de espingarda, que atingiu de raspão sua cabeça, e por três golpes de faca no tórax, o rapaz ainda conseguiu fugir pulando o muro. Foi hospitalizado e sobreviveu.

Ainda conforme a investigação, não satisfeitos, os quatro “amigos” sequestraram a esposa da vítima e a levaram até o velório do outro “colega” que haviam assassinado. O objetivo era que ela contasse o que sabia aos familiares do morto. Posteriormente, a vítima passou a integrar a mesma organização criminosa que dos homens que atentaram contra sua vida. O fato dificultou a investigação, pois até a presente data nenhum dos envolvidos havia se manifestado.

Conforme o delegado José Lucas, os autores dos crimes, todos de alta periculosidade, já eram conhecidos do meio policial. São eles:

1- o chefe do grupo, que tem 27 anos, comandou durante muito tempo o tráfico de drogas na região, sendo que está preso em razão de uma operação da Polícia Civil realizada em Paraíso no ano de 2017.

2- o segundo, que tem 26 anos, ocupou durante bom tempo o mais alto posto de uma facção criminosa no Tocantins. Está preso em decorrência de uma operação da Polícia Civil que, em 2018, impediu a realização do plano de execução de servidores do sistema prisional local.

3- O terceiro, que tem atualmente 31 anos, além de possuir diversos registros por prática de crimes no Tocantins, está preso no Estado de Goiás. 

4- O último envolvido, que também possuía registros de crime, tinha 24 anos e foi morto um mês depois do caso, juntamente com mais dois rapazes em uma estrada vicinal do Distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. (Assessoria de imprensa)

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