As preocupações da vida, rotina e o estresse do dia a dia, influenciam diretamente no comportamento das pessoas. Um dos problemas que tem se sobressaído ainda mais nos dias atuais, independente da faixa etária, é a ansiedade. É cada vez mais frequente o diagnóstico de ansiedade e dos problemas que ela acarreta.
Por isso, nesta matéria o DT traz o psicólogo, pós graduando em psicologia da atividade física e do esporte, André Fellipe Cunha, para explicar um pouco mais sobre esse transtorno.
Conceito
Segundo Cunha, a primeira coisa a levar em consideração é: o que é a ansiedade? Segundo ele, é fundamental entender o conceito do transtorno para uma compreensão mais clara de como tratar.
“A palavra vem de origem do latim “anxietas”, e tem como significado para nossa língua portuguesa: “aperto “,”perturbação” ,”sufoco” e “pouca vontade”. De maneira mais simbólica, a ansiedade seria apenas uma antecipação, ou em alguns casos, precipitação de algo que naturalmente não chegou o momento ou o tempo de acontecer”.
Sintomas
O psicólogo ainda explica que é possível identificar o transtorno através de alguns sintomas. “A ansiedade apresenta sintomas tanto de ordem física/orgânica como psicológica.
Sintomas como: Preocupações demasiadas com determinados assuntos ou situações; perda de controle dos pensamentos; dificuldade para se concentrar; nervosismo constante; sensação e pensamentos frequentes de que algo ruim pode acontecer a qualquer momento; palpitações, taquicardia; sudorese; irritabilidade e dificuldade para dormir; dores de barriga/diarréia; fala acelerada e tensão muscular que pode ocasionar dores na região dorsal e lombar, entre outros sintomas”.
Ao identificar algum desses sintomas é de suma importância buscar ajuda de um profissional em psicologia e psiquiatria.
Até onde a ansiedade pode chegar
Segundo Cunha, os manuais de psiquiatria ressaltam cinco tipos de comportamentos característicos da ansiedade. Por isso, é importante saber quais são, para conseguir identificá-los e saber como aliviar os seus sintomas. Abaixo, conheça os tipos de ansiedades:
TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo) – Caracterizado pela presença de pensamentos obsessivos e atos compulsivos. Podendo comprometer a qualidade de vida, e em algumas situações até incapacitar o sujeito de desempenhar as atividades corriqueiras do dia a dia. Nela, pensamentos persistentes, indesejados e intrusivos tornam-se incontroláveis.
TAG (Transtorno de ansiedade generalizada) – O indivíduo fica em um estado de alerta constante mediante uma hipotética ameaça desconhecida e/ou conflituosa.
TEPT (Transtorno de estresse pós-traumático) – correr em decorrência à exposição a um acontecimento que gere ameaça a integridade, e a vida de uma pessoa, após algum evento traumático. Essas vivências traumáticas podem ter um impacto austero sobre quem os vivenciou, podendo desencadear outras patologias psiquiátricas.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) – É caracterizado pela ocorrência de medo ou ansiedade aguda desencadeados por uma ou mais situações com exposição a avaliação por outras pessoas. Situações como manter um diálogo, encontrar pessoas fora do seu círculo familiar ou de amigos, ser observado ou falar em público. Devido este medo, é “normal” que as interações sociais sejam evitadas ou vivenciadas.
TP (Transtorno do pânico) – Normalmente aparecem de forma repentina e são bastante intensas, causando na pessoa uma sensação de medo e mal-estar. Essas situações tendem a possuir gatilhos e podem surgir a qualquer instante, independente do lugar ou o que estiver fazendo naquele determinado momento, mesmo não havendo perigo real. As crises duram em média de 15 a 30 minutos, porém interferem no comportamento da pessoa, que fica temerosa por novos ataques.
Mais
O psicólogo destaca ainda que uma boa maneira de declinar os sintomas da ansiedade é priorizar a boa alimentação.
“Alguns alimentos como os refinados e derivados de açúcar em geral; xantinas (cafeína, chocolate, alguns tipos de chá), gorduras ruins e álcool, podem ser gatilhos para a ansiedade. Por isso, diminuir a quantidade ou evitá-los é uma das maneiras de prevenção”, afirma Cunha.
Psicólogo
André Fellipe Cunha, Psicólogo, pós graduando em psicologia da atividade física e do esporte. Já atuou no âmbito social e hospitalar. Atualmente encontra-se na saúde mental do município de Palmas.
Realiza trabalho com indivíduos com transtornos mentais, e/ou que possuem transtornos de imagem corporal ou que precisam se reeducar, inserindo-se numa atividade física ou esportiva.
Relacionado
Link para compartilhar: