Com as campanhas eleitorais em rádio e televisão encerradas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) debateram seus governos, carreiras políticas, e defenderam pela última vez suas candidaturas ao eleitor brasileiro antes da votação do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
O debate foi marcado por muitas acusações, com ênfase de Lula às medidas liberais e de supressão de direitos, como a flexibilização das leis trabalhistas e cortes orçamentários para serviços essenciais como educação e saúde.
O ex-presidente atacou ainda a atuação de Bolsonaro e sua equipe ministerial diante no enfrentamento à pandemia da covid-19, apontando dados substanciais da sua política assistencialista. “Sou o presidente que já mostrou que sabe cuidar desse país”, disse o petista ao adversário.
Jair Bolsonaro enfatizou sua pauta de costumes e atacou Lula quanto as escândalos de corrupção deflagrados em seus governos, apelou pelo voto cristão e defendeu o modelo de estado mínimo característico do neoliberalismo de extrema direita que representa e que mostrou-se crescente tendência eleitoral no Brasil com a consolidação de bancadas de direita no Congresso Nacional e nos governos estaduais.“Temos um parlamento alinhado conosco”, afirmou Bolsonaro.
Salário mínimo
Lula foi mais enfático que Bolsonaro tanto ao atacar a falhas quanto ao promover suas ações de governo, destacando o maior poder de compra da população pobre, a diversidade de programas de assistência social e o crescimento da economia atrelado à “maior distribuição de renda já feita nesse país”, como o próprio Lula define.
Sem promover nenhum aumento real no salário mínimo em quatro anos de governo, Bolsonaro prometeu, já para 2023, um provimento mínimo de 1,4 mil reais, e foi questionado. Tanto durante o debate quanto na entrevista ao Jornal da Globo, Bolsonaro garantiu o reajuste.
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