Conduzido pela Polícia Civil do Tocantins, em voo oriundo de Manaus (AM), chegou na madrugada desta sexta-feira, 18, no aeroporto de Palmas, o ex-policial militar do estado do Pará e suspeito de ter executado o advogado Danilo Sandes em Araguaína em julho de 2017. O recambiamento do investigado foi efetuado pelo delegado-chefe da 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP) de Araguaína, Guilherme Coutinho Torres. De Palmas e com o apoio do Grupo Operacional Tático Especial (GOTE), o suspeito foi conduzido para Araguaína, onde será encaminhado para a Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA).
Para o delegado Guilherme Coutinho, a prisão do ex-policial militar e seu recambiamento para o Tocantins são importantes, pois o processo agora poderá seguir seu rumo normal. Segundo o Delegado, a captura do investigado é também uma resposta eficiente da Polícia Civil do Tocantins para a sociedade, especialmente para Araguaína, cuja população ficou abalada com a morte do advogado Danilo Sandes, “uma pessoa que gozava de muito prestígio junto à comunidade e teria sido morto por se recusar a fazer parte de um esquema criminoso para ocultar bens de um processo de inventário em que trabalhava em favor de um dos envolvidos na disputa de uma herança milionária e que teria sido o mandante do crime”.
A captura
O ex-policial militar, de 35 anos, foi capturado mediante cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo juízo da Comarca de Araguaína pela Polícia Federal do estado de Roraima no dia três de dezembro de 2020 na capital Boa Vista, após uma ação integrada coordenada pela 2ª DHPP de Araguaína. O delegado Guilherme Coutinho recorda que a ação que culminou na localização do foragido da justiça teve início assim que o indivíduo, que já havia sido preso pela DHPP e identificado com um dos principais envolvidos no homicídio do advogado Danilo Sandes, conseguiu escapar de um Batalhão da Polícia Militar, em Palmas, onde estava preso, no mês de maio de 2019.
Conforme o Delegado, as buscas e diligências para localizar o investigado contaram com um grande aparato de inteligência da Polícia Civil, Polícia Federal e forças de segurança de outras unidades da federação. Ainda, segundo o Delegado, no decorrer das investigações, os policiais civis da 2ª DHPP obtiveram informações de que o homem poderia estar em Roraima e, desse modo, as investigações foram concentradas nessa possibilidade.
Dessa forma, foi feito contato com a equipe da Polícia Federal de Pacaraíma (RR), a qual levantou novas informações acerca do paradeiro do foragido e, por meio de ação conjunta com a Diretoria das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICO), que reúne a Polícia Civil, Militar, Penal e também a Polícia Federal de Roraima, foi possível mapear a residência onde o ex-policial militar se encontrava.
O crime
No dia 29 de julho de 2019, o corpo do advogado Danilo Sandes foi encontrado já em estado de decomposição às margens da TO-222 na zona rural de Araguaína. Ele apresentava vários ferimentos e teria sido assassinado com dois tiros na cabeça, após ter entrado em um carro, na manhã do dia 25 de julho quando saía de um supermercado. Rapidamente, as equipes da 2ª DHPP de Araguaína descobriram que o advogado, que atuava em um caso de inventário para herdeiros de uma herança de R$ 7 milhões. Conforme apontaram as investigações da Polícia Civil, Danilo não aceitou fazer parte de um esquema criminoso para ocultar bens em favor de um farmacêutico, que era um dos herdeiros da fortuna e, por isso, teria sido assassinado a mando desse homem que, também, está preso pelo crime. Na ação, outros três homens, identificados como policiais da ativa do estado do Pará teriam sido os autores do crime que chocou a população do Tocantins. (Assessoria de imprensa)
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