A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, 26, uma grande operação contra o tráfico internacional de drogas. Ao todo foram 195 ordens judiciais, sendo 28 mandados de prisão preventiva e 59 ordens de busca e apreensão em 13 estados, além de sequestro de bens. A ação, intitulada como “Rota Caipira”, apura o tráfico de cocaína produzida na Bolívia, no Peru e na Colômbia que eram transportadas para o Brasil.
No Brasil, o tráfico era direcionado a estados do norte e nordeste, executado por organização criminosa especializada no transporte aéreo de droga com utilização de estruturas logísticas, localizadas principalmente nos Estados do Tocantins, Pará e Maranhão.
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou a apreensão de 16 aeronaves, sequestro de três propriedades rurais e bloqueio de valores que podem totalizar R$ 300 milhões. Os mandados foram expedidos pela 1º Vara Federal de Araguaína.
Investigações
Segundo nota da Polícia Federal, as investigações se iniciaram em novembro de 2020 com a apreensão de 815kg de cocaína, na cidade de Tucumã/PA pela Polícia Militar do Estado do Pará, após troca de informações com a Delegacia de Polícia Federal em Araguaína/TO.
O trabalho investigativo realizado pela Polícia Federal em Araguaína/TO indica que a organização criminosa investigada adquiria cocaína de fornecedores localizados na Bolívia e Peru e realizava o transporte através de complexa estrutura aérea até pontos estratégicos localizados nos Estados do Pará, Tocantins e Maranhão, sendo as capitais nordestinas tais quais: São Luís/MA, Teresina/PI e Fortaleza/CE, a princípio, o destino final.
“A investigação não descarta que a droga também tenha tido como destino países da Europa. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação, financiamento e tráfico internacional de drogas, organização criminosa internacional, lavagem de dinheiro praticada por organização criminosa, dentre outros crimes.
A operação mobilizou 400 Policiais Federais, servidores da Agência Nacional de Petróleo – ANP, da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, bem como equipes da Polícia Militar dos Estados do Tocantins, do Maranhão e do Piauí e equipe do grupamento aéreo da Polícia Militar do Tocantins.
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