Nos bastidores, a expectativa é que o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), 58, reeleito no último dia 02, deva ceder às investidas do presidente e demais apoiadores, e declarar publicamente seu apoio neste segundo turno.
Wanderlei que durante sua campanha não chegou a declarar seu apoio a nenhum dos candidatos à presidência, agora vem sendo pressionado a sair de cima do muro.
Cobranças
No último dia 6 deste mês a empresa “Grupo Soberano Agronegócio” que vinha implantando projetos em alguns municípios do estado, como Rio Sono, Novo Acordo, Lajeado, Miracema e Aparecida do Rio Negro, com plantio, pastagem extensiva e criação de gado, tomou como medida, considerar a redução da área já investida transformado em pastagem extensiva, às quais não exigem investimentos pelos próximos anos.
A medida, segundo o grupo, foi tomada por conta da futura alteração das diretrizes econômicas no Brasil, se o resultado do segundo turno se mantiver o mesmo (Lula vencendo no estado). No comunicado emitido, o grupo chegou a cobrar a posição de Wanderlei neste segundo turno. “Gostaríamos muito também de poder contar com o apoio do nosso governador reeleito Wanderlei Barbosa, o qual tivemos o prazer de conhecer e conversar pessoalmente em encontro no stand da APROSOJA na AGROTINS, que manifeste seu apoio neste pleito a quem defende uma pátria sem corrupção, a liberdade das pessoas, a propriedade privada, Deus, família e esteja do lado de todo POVO QUE QUER TRABALHAR, do mais humilde ao mais abastado”, diz trecho do comunicado.
Além disso, outros políticos no Tocantins já declararam apoio à Bolsonaro, o que pressiona ainda mais Wanderlei, como a própria senadora eleita Dorinha Seabra (UB).
Alguns deputados Estaduais como: Olyntho Neto; Janad Valcari; Jorge Frederico (Especulação); Nilton Franco (Especulação); Vanda Monteiro; Eduardo Mantoan; Eduardo do Dertins; Moisemar Marinho (Especulação); Gutierres Torquato (Especulação) e Luciano Oliveira.
E os Deputados Federais: Vicentinho Júnior; Carlos Gaguim; Filipe Martins; Eli Borges e Lázaro Botelho.
Além disso, no último dia 05, o próprio presidente gravou um vídeo onde pedia o apoio do governador. Ao lado de Gaguim ele afirmou: “Olá, prezado governador Wanderlei. Eu quero agora me dirigir a você e convidá-lo para conversar conosco em Brasília e, quem sabe né, tu venha me apoiar aqui por ocasião da reeleição. O meu compromisso é fazer o melhor pelo Brasil e saber que o agro mora em nosso coração.”. A Coluna CT, chegou a afirmar que Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, havia feito uma ligação direta ao governador, e o próprio presidente havia enviado um áudio.
O objetivo das cobranças é fazer virar a eleição presidencial no Estado, onde Lula venceu o primeiro turno numa proporção superior à nacional.
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