Os consumidores de medicamentos no Brasil podem se preparar para um possível aumento de até 4,5% nos preços, conforme autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. Este ajuste anual entrou em vigor neste domingo (31), refletindo de perto a inflação acumulada ao longo do ano anterior.
Embora esteja entre os menores reajustes desde 2020, vale ressaltar que esse percentual representa um limite máximo para os preços, não sendo um aumento automático. No entanto, o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) alerta que o reajuste pode ser ainda mais expressivo do que o anunciado pelo governo.
Uma pesquisa conduzida pelo IDEC revelou que os preços médios praticados pelas grandes redes de farmácia estão significativamente abaixo do preço máximo estabelecido. Por exemplo, no caso do antibiótico Amoxicilina Clavulanato de Potássio, cujo preço máximo é de R$ 404,65, é possível encontrar o medicamento com uma média de preço de apenas R$ 180,30 nas farmácias.
Isso significa que o reajuste será aplicado sobre o preço máximo, potencializando ainda mais o impacto nos bolsos dos consumidores. Marina Magalhães, do programa de Saúde do IDEC, destaca que a diferença entre os preços praticados e os preços máximos é ainda mais evidente nos descontos oferecidos mediante o fornecimento do CPF.
Diante desse cenário, caso os consumidores identifiquem medicamentos com valores acima do teto estabelecido, é recomendável acionar os órgãos de defesa do consumidor para denunciar a prática e buscar soluções para garantir o acesso a medicamentos a preços justos.
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