Especialistas na área turística avaliam que hoje o maior dilema do turismo em massa , esteja ligado à superlotação, que classificam ser um problema tanto para os habitantes locais quanto para os turistas. Ela pode arruinar a experiência de turismo para aqueles que ficam presos em longas filas, impossibilitados de visitar por exemplo museus, galerias e locais sem reserva antecipada. O que acaba implicando em custos crescentes para itens básicos, como comida, bebida e nas diárias hoteleiras, impossibilitando vivenciar a maravilha de um lugar em relativa solidão.
A ausência de regulamentações reais nesta área, fez com que os lugares tomassem para si a responsabilidade de tentar estabelecer alguma forma de controle de multidões, o que significa que não há coesão e nenhuma solução real. Parece que 2024 foi o ano no qual o turismo tomou um rumo negativo e as comunidades locais começaram a reagir. Afinal, houve protestos nas ruas, grafites pedindo para viajantes voltarem para casa e a diminuição da população local, enquanto alugueis de curto prazo aumentaram, afastando moradores.
O turismo de massa, segundo essa interpretação, padroniza os destinos a fim de cativar mais pessoas, receber mais visitantes e obter mais lucro, fazendo da atividade uma mercadoria dependente das leis de mercado. atingindo um estágio de maturação e estagnação e, às vezes, de declínio.
Entretanto, é necessário atentar também aos impactos econômicos negativos provenientes do turismo, quais sejam: inflação e acréscimo no custo de vida da comunidade; especulação imobiliária; aumento do poder de consumo causando impacto cultural e ambiental, e foco excessivo no turismo.
“O turismo em larga escala pode resultar em um uso excessivo de água e energia, especialmente em locais onde esses recursos são limitados. A necessidade de hospedagem e serviços para atender a um grande fluxo de visitantes pode sobrecarregar a infraestrutura do destino. Entre os impactos mais perceptíveis do turismo estão os danos ao meio ambiente, como poluição do ar, da água, sonora e visual; congestionamentos de veículos e pedestres; o lixo gerado pelos turistas; além do desequilíbrio ecológico e a perturbação da fauna local”, avalia Brenno Alves, proprietário da agência Viver Goiás Turismo.
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