O mercado de pecuária em Tocantins enfrenta desafios com a retração nas cotações do boi gordo, evidenciada por oscilações diárias e semanais nos preços, conforme apontado pela Scot Consultoria. O aumento das ofertas nos últimos dias, somado à escalada de abates, contribuiu para o recuo dos preços, sobretudo na região Sul do estado.
Na comparação diária, o preço do boi gordo na região Sul caiu R$5,00/@, sendo negociado a R$310,00/@. Apesar disso, os valores para as fêmeas mantiveram estabilidade, com a vaca cotada a R$305,00/@ e a novilha a R$307,00/@. Já na região Norte, houve uma retração de R$2,00/@ para o boi gordo, também fixado em R$310,00/@, enquanto os preços da vaca e da novilha permaneceram inalterados, em R$297,00/@ e R$304,00/@, respectivamente.
Um dos destaques no mercado é o chamado “boi China”, que também está sendo negociado a R$310,00/@, sem ágio adicional. Esse segmento reflete a influência da demanda internacional, especialmente do mercado asiático, que continua a impactar diretamente a precificação da arroba.
Impactos semanais acentuam as dificuldades
Na análise semanal, as cotações apresentaram queda em todas as categorias, com exceção da vaca na região Sul, que manteve o preço estável. O boi gordo no Sul sofreu um declínio de 3,1%, correspondente a uma redução de R$10,00/@, enquanto a novilha recuou 1,6%, ou R$5,00/@. Na região Norte, a tendência de queda também se confirmou, com o boi gordo registrando baixa de 1,6% e a novilha de 0,3%, ambas cotadas a R$310,00/@.
A volatilidade reflete as condições do mercado, onde o equilíbrio entre oferta e demanda ainda está longe de ser alcançado. Segundo especialistas, os preços pressionados são resultado da intensificação de abates, o que reduz a valorização da arroba em curto prazo.
Perspectivas e cuidados do mercado
Produtores e analistas do setor acompanham atentamente os movimentos do mercado, principalmente diante das incertezas econômicas e do impacto das exportações. Apesar do cenário desafiador, o mercado continua operando com preços brutos e prazos definidos.
Com a demanda interna e externa oscilando, o setor deve buscar estratégias para minimizar os impactos das quedas e fortalecer a competitividade, sobretudo nas negociações voltadas para mercados internacionais.
O momento exige cautela, mas também uma visão estratégica para que o setor pecuário mantenha a resiliência em um cenário desafiador.
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