O DT preparou uma contagem regressiva para o pleito, trazendo Marcelo Miranda para contar quais seus planos para concorrer a vaga no Senado e como tem visto o cenário político do Tocantins.
Marcelo Miranda, natural de Goiânia, é um agropecuarista e político brasileiro filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1990, sendo reeleito em 1994 e 1998. Por duas vezes consecutivas chegou a presidir a Assembleia Legislativa do Tocantins.
Em 2002 foi eleito para o cargo de Governador do Estado do Tocantins com 60% dos votos válidos e assumiu o mandato de 2003 a 2006. Seu trabalho foi reconhecido pelos tocantinenses, que o reelegeram para o seu segundo mandato à frente do Estado.
Em 2010, saiu na frente e foi eleito para o Senado, mas não pode assumir. Este ano o emedebistas busca disputar uma vaga novamente. “Essa candidatura nasceu de uma reunião do executivo estadual. O MDB tem a sua história fincada no estado, ajudou na construção e vamos estar à disposição para ser analisado por todos os pré-candidatos a governadores, juntamente com os demais companheiros deputados estaduais e federais”, conta Miranda.
A disputa pelo apoio dos demais políticos no estado não tem chamado a atenção de Miranda, que afirma que o povo tocantinense já o conhece e sabe do seu trabalho. “Eu tive a oportunidade, todos já conhecem meu currículo, minha vida política. Já passei por vários cargos e todos os cargos que passei, procurei deixar os trabalhos feitos em conjunto, coletivamente”.
O candidato ainda conta que o MDB, partido do qual é presidente, tem buscado ouvir todos os pré-candidatos ao Governo do Estado, mas que várias decisões só se tornam certas no momento certo. Miranda ainda reforça que por mais que se faça uma candidatura de presença, o que define a eleição é um trabalho já prestado e que trouxe resultados.
“Eu tenho procurado deixar muito à vontade os candidatos a governadores, porque uma chapa majoritária ela pode ser decidida poucas horas antes da convenção, a partir do momento que você tem um trabalho prestado para o estado. Não adianta vir com candidatura para cima e para baixo do estado que não resolve, sem desmerecer ninguém”, comenta.
Quadro político – TO
Quanto ao quadro político tocantinense, Miranda acredita que apesar dos bons nomes a pré-candidatos ao governo, ainda é muito cedo para analisar com precisão. “Vejo o quadro ainda, nebuloso, no sentido de que cada um com seu direito adquirido, junto aos seus partidos, estão levando a sua mensagem. Sempre estou na torcida para o estado ter um governador eleito que tenha realmente um projeto de governo e que alcance a sociedade”, conta.
Ao largo do politiquês praticado nas estradas do Estado e nas atividades dos movimentos sociais, tem deixado a sociedade distante. Seja porque ainda não entendeu a importância de quem as representa, seja porque nenhum nome tenha feito a diferença, ou pela falta de fé em uma política de resultados.
Diante dessa perspectiva, de criar uma legitimidade eleitoral, Miranda deseja que a política tenha uma ampla e unitária luta para conseguir reverter esse cenário. “Que as candidaturas possam voltar a empolgar a sociedade, no sentido da sociedade voltar a sentar à mesa, discutir nas praças públicas, dentro do possível, projetos estruturantes para o estado. Eu vejo que todos que estão se apresentando no momento, estão tendo oportunidade de ouvir a comunidade, sobre o que ela está pensando”.
Questionado sobre essa mudança entre a relação da sociedade e a política, o emedebista afirma saber que essa não é uma eleição como em 2010, mas que mesmo que sejam tempos difíceis, ainda sim, bons resultados no passado podem se sobressair. “Claro que as coisas mudaram muito de lá para cá, mas eu sei que todos os candidatos que estão no Senado, são candidatos à altura do cargo. O que nós temos que ver é que temos participado de uma eleição de alto nível. Agora, eu tenho certeza que os que perderem, estarão sabendo por que perderam, porque naturalmente não caiu na graça da população e não apresentaram bons projetos”, conclui Miranda.