Goiânia está prestes a ganhar um dos empreendimentos mais ousados de sua história recente. Um novo complexo urbanístico será implantado na capital com a proposta de abrigar a primeira praia de surf com ondas artificiais do Centro-Oeste, utilizando tecnologia da empresa espanhola Wavegarden, referência mundial na geração de ondas controladas.
A parceria com a Wavegarden foi formalizada neste mês de abril, e o projeto será realizado por uma unidade do Grupo Flamboyant, conglomerado responsável por empreendimentos emblemáticos como o Flamboyant Shopping Center, o bairro planejado Jardim Goiás e o condomínio Alphaville Flamboyant.
A proposta é transformar o novo espaço em um polo de turismo esportivo, lazer urbano e valorização imobiliária, atendendo a uma demanda crescente por experiências de esporte ao ar livre em ambiente controlado.
Como funcionará a praia artificial com ondas controladas
O sistema de ondas artificiais será operado com tecnologia patenteada pela Wavegarden, que já instalou estruturas similares em países como Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos e Suíça. A tecnologia permite gerar ondas perfeitas, regulares e com ajustes de altura, intensidade e frequência — ideais tanto para iniciantes quanto para surfistas profissionais.
“A ideia é democratizar o surf, oferecendo condições controladas para treinamento e prática recreativa, mesmo em regiões sem litoral”, explicou à imprensa internacional o CEO da Wavegarden, José Manuel Odriozola.
Em Goiânia, o projeto está sendo adaptado às características do clima tropical e deve integrar espaços de convivência, escola de surf, áreas de alimentação, academia e resort urbano, formando um complexo multifuncional.
Impacto econômico e turístico previsto para a capital goiana
Segundo especialistas em turismo e urbanismo, o impacto econômico direto e indireto do empreendimento pode ser significativo. A estimativa inicial é de geração de centenas de empregos diretos na fase de construção e operação, além de fortalecer o posicionamento de Goiânia como destino turístico alternativo ao eixo litoral.
“A estrutura com praia de surf coloca Goiânia no mapa do turismo esportivo nacional, com potencial de atrair eventos, praticantes e curiosos do Brasil inteiro. Isso cria efeitos em cadeia para hotelaria, gastronomia e comércio”, afirma a turismóloga Bruna Guedes, pesquisadora do IFG.
Outro fator positivo é a valorização imobiliária nas áreas próximas ao novo complexo, cuja localização exata ainda não foi oficialmente divulgada, mas deve seguir o padrão dos empreendimentos do Grupo Flamboyant: bairros planejados com forte integração paisagística, segurança e acessibilidade.
Modelo segue tendência global de urbanismo esportivo e sustentável
O projeto em Goiânia acompanha uma tendência global de cidades que investem em estruturas esportivas como vetor de desenvolvimento urbano. Em locais como Bristol (Reino Unido) e São Paulo (SP), complexos com lagoas artificiais e atividades náuticas têm se consolidado como alternativas sustentáveis ao lazer tradicional.
“Esse tipo de equipamento urbano gera pertencimento e atratividade, especialmente para jovens. É também uma resposta à crescente busca por bem-estar em grandes cidades”, analisa a arquiteta e urbanista Mariana Souza, da UFG.
A inclusão de tecnologias de baixo consumo hídrico, reaproveitamento de água e painéis solares também está prevista na proposta, de acordo com os primeiros informes técnicos.
Próximos passos: licenciamento e cronograma de obras
Embora o projeto esteja em estágio avançado de planejamento, ainda não há data oficial de início das obras ou de inauguração. O Grupo Flamboyant, conhecido pela discrição na fase inicial dos empreendimentos, deve anunciar em breve os detalhes sobre licenciamento ambiental, cronograma de construção e mecanismos de financiamento do projeto.
Enquanto isso, o anúncio já movimenta redes sociais, grupos de praticantes de esportes aquáticos e o setor turístico da capital, que enxerga na estrutura uma oportunidade única de expansão da oferta de lazer em Goiânia.
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