A pneumonia continua a ser uma das principais causas de internação hospitalar no Brasil, especialmente em populações vulneráveis, como crianças e idosos. No Tocantins, o cenário não é diferente. Dados preliminares de 2023, disponíveis no site da Secretaria Estadual de Saúde, mostram que a doença ainda apresenta uma carga significativa no sistema de saúde. Entre 2018 e 2022, foram internados 18.730 pacientes com pneumonia no estado, resultando em 1.497 óbitos. Esse perfil epidemiológico oferece insights importantes sobre os grupos mais afetados e a necessidade de estratégias de prevenção.
Dados nacionais e contexto local
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra anualmente mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. Esse dado reflete a gravidade da situação em nível nacional, mas no Tocantins, a análise mais detalhada do período entre 2018 e 2022 revela especificidades regionais que precisam ser consideradas na formulação de políticas de saúde.
Faixa etária mais acometida: crianças e idosos em risco
A faixa etária mais acometida pela pneumonia no Tocantins foi a de crianças entre 1 e 4 anos, que registraram 4.108 internações no período analisado. Esse grupo, devido à vulnerabilidade imunológica e à maior exposição a ambientes com potencial de transmissão de vírus respiratórios, exige uma atenção especial nas políticas de prevenção e tratamento.
Além das crianças, os idosos com 80 anos ou mais se destacaram pela alta taxa de mortalidade. Dos 1.497 óbitos registrados, 650 ocorreram nessa faixa etária, confirmando que essa população é especialmente suscetível às complicações graves da pneumonia. A mortalidade elevada nesse grupo etário reforça a importância de medidas preventivas, como a vacinação contra influenza e pneumococo, além de um acompanhamento médico contínuo.
Disparidades raciais: população parda mais acometida
A análise dos dados de internação também mostrou que a raça parda foi a mais acometida, com 15.216 internações, representando 81% do total. Esse dado pode refletir a composição demográfica do Tocantins, onde a maioria da população é parda. No entanto, é importante considerar que essa alta incidência também pode estar relacionada a fatores socioeconômicos e de acesso desigual aos cuidados de saúde.
Prevenção e redução de transmissão
Com a alta incidência de internações por pneumonia e a vulnerabilidade de grupos específicos, é essencial reforçar as medidas preventivas para reduzir a transmissão de vírus respiratórios. Algumas ações importantes incluem:
- Vacinação: A vacinação contra influenza e pneumococo é uma das estratégias mais eficazes para prevenir casos graves de pneumonia, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
- Higienização das mãos: Lavar as mãos com frequência, especialmente após tossir ou espirrar, é fundamental para reduzir a transmissão de vírus.
- Cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar: Esse simples gesto pode ajudar a evitar a propagação de vírus e bactérias no ambiente.
A análise do perfil epidemiológico dos pacientes internados com pneumonia no Tocantins entre 2018 e 2022 destaca a importância de focar em políticas públicas que contemplem a prevenção e o tratamento adequado para os grupos mais vulneráveis. Crianças pequenas, idosos e a população parda apresentam os maiores riscos de complicações graves e mortalidade.
Os dados preliminares de 2023 sugerem que a pneumonia continua a ser uma preocupação de saúde pública no estado, exigindo esforços contínuos para melhorar o acesso à vacinação e aos cuidados de saúde preventivos, além de campanhas de conscientização sobre a importância da higiene respiratória.
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