O desabamento da ponte em Porto Nacional deixa vítimas fatais, 12 desaparecidos e gera alerta para infraestrutura rodoviária no Brasil. Governador e PRF detalham medidas emergenciais.
“Tristeza é do Brasil. Todos nós sentimos o impacto das pessoas que perderam a vida aqui. Agora, temos que pensar no país, no fluxo”, afirmou o governador durante coletiva nesta segunda-feira (23), após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, no Rio Tocantins. O trágico incidente, que ocorreu na tarde de domingo (22), resultou em mortes, desaparecimentos e um caos logístico na região, fundamental para o corredor rodoviário Belém-Brasília.
A tragédia e as vítimas
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de desaparecidos subiu para 12. Entre as vítimas fatais estão Alana, de 25 anos, e Marçon Gley Ferreira, de 42 anos, que trafegavam de motocicleta no momento do colapso. Além disso, quatro caminhões, dois veículos automotores e duas motocicletas estavam na seção da ponte que cedeu.
As buscas foram temporariamente interrompidas devido ao derramamento de ácido sulfúrico de um dos caminhões que caíram no rio. A retomada dos trabalhos dependerá de análises químicas que garantam segurança para as equipes de resgate.
Infraestrutura em alerta
A ponte Juscelino Kubitschek, construída nos anos 1960, já apresentava sinais de deterioração. Um vídeo publicado por um morador no sábado anterior ao desabamento mostrava rachaduras na estrutura. No domingo, momentos antes do colapso, um vereador de Aguiarnópolis também registrou imagens que evidenciavam o comprometimento estrutural.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) confirmou que o vão central da ponte cedeu, e investigações estão em andamento para determinar as causas e responsabilidades.
Impactos no tráfego
Com a interdição total da ponte, motoristas enfrentam desvios que aumentam significativamente o tempo de deslocamento. Rotas alternativas foram disponibilizadas, como o trajeto via Imperatriz, no Maranhão, e os desvios pelas cidades de Darcinópolis, Luzinópolis e Axixá, no Tocantins.
A PRF informou que mantém equipes monitorando a situação e divulgando atualizações sobre as condições das vias.
Medidas emergenciais
O governador afirmou que o governo estadual e o federal estão mobilizados para enfrentar a crise. “Liguei para o ministro Renan e para o governador Brandão. Vamos trabalhar juntos para resolver esse problema sério. Precisamos de uma força-tarefa para manutenção das rodovias e de um plano para construir uma nova ponte,” declarou.
Além de medidas emergenciais, como a manutenção de rodovias secundárias para garantir o fluxo logístico, o governador reforçou o apoio às famílias das vítimas. “Desde o primeiro momento, entrei em contato com o prefeito Vanderli e coloquei o estado à disposição para dar atenção às famílias que perderam entes queridos.”
O que vem a seguir?
O colapso da ponte Juscelino Kubitschek expõe a precariedade da infraestrutura rodoviária em uma das principais rotas de escoamento do país. A tragédia, além de provocar luto, reforça a necessidade de investimentos em manutenção e segurança das rodovias brasileiras. Autoridades prometem medidas imediatas para mitigar os impactos e garantir condições adequadas para o tráfego na região.
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