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Gabriela Siqueira Campos seria um dos principais motivos do desgaste e da insatisfação de aliados com Eduardo

A reportagem publicada na última quarta-feira (21) pelo Diário Tocantinense escancarou uma crise que já não se limita mais aos bastidores da política de Palmas. Segundo fontes que procuraram o jornal após a publicação, o desgaste na gestão de Eduardo Siqueira Campos (sem partido) é generalizado, e um dos principais motivos apontados por aliados seria a atuação de Gabriela Siqueira Campos, filha do prefeito.

Descrita, segundo esses relatos, como uma figura de perfil truculento, centralizador e de relacionamento difícil, Gabriela — que ocupa cargo na administração — atua além das atribuições da própria função, interfere diretamente em outras pastas e concentra decisões que deveriam ser técnicas e institucionais.

Fontes afirmam que a maneira como ela conduz sua atuação tem gerado desconforto não apenas no grupo que acompanha historicamente Eduardo, mas também no grupo político ligado ao ex-governador Siqueira Campos, seu avô, e até mesmo no núcleo articulado pela primeira-dama, Poliana Siqueira Campos.

Há, segundo os relatos, um entendimento crescente de que Gabriela não conhece a cidade, não domina os bastidores locais e não compreende a dinâmica política de Palmas. A percepção, amplamente compartilhada, é que sua postura — considerada grosseira, truculenta e autoritária — tem ampliado os conflitos internos, enfraquecido alianças e agravado o isolamento do próprio prefeito.

As fontes reforçam que a forma como Gabriela atua reproduz, de maneira acentuada, o mesmo padrão adotado por Eduardo durante a última gestão do pai, Siqueira Campos, como governador do Tocantins — marcado por centralização, dificuldade de diálogo e imposição de decisões.

Três grupos em crise aberta

De acordo com os relatos, a administração de Eduardo Siqueira Campos hoje está dividida em três grupos claramente estabelecidos:

  • O grupo original de Eduardo, formado por aliados que o acompanham desde o início da carreira;

  • O grupo do legado político do ex-governador Siqueira Campos, que, embora tenha aderido à campanha, nunca se sentiu integrado ao modelo atual de gestão;

  • O grupo articulado por Poliana Siqueira Campos, que, segundo interlocutores, tem funcionado como linha de contenção, buscando evitar o colapso total da administração.

Fontes afirmam que o desgaste atravessa os três grupos. A avaliação predominante é que a crise foi alimentada pela incapacidade de conduzir alianças, pela vaidade, pelo isolamento e, sobretudo, pela postura de Gabriela Siqueira Campos dentro do governo.

Nomeações aprofundam o desgaste

O episódio envolvendo a nomeação de Elcio Mendes é citado como um dos pontos que iniciaram o racha interno. Segundo as fontes, havia uma expectativa consolidada entre os aliados de que outro nome, mais próximo historicamente do grupo, considerado tecnicamente mais preparado, menos político, mais técnico e mais profissional, fosse indicado.

A escolha de Elcio, segundo esses relatos, gerou insatisfação até dentro do próprio grupo de Eduardo, que considerou a nomeação um erro. Fontes afirmam que Elcio é visto como uma herança negativa da gestão do ex-governador Mauro Carlesse, o que, para muitos, contraria o discurso de mudança que Eduardo defendeu durante a campanha.

O mesmo sentimento se repete em relação a outros nomes que integram o governo, como Andréia Reis, também associada ao grupo político da gestão passada e citada nas conversas como outro fator de desconforto entre os aliados mais próximos do prefeito.

Perseguição e retorno da lógica da velha política

Outro ponto levantado pelas fontes é o clima de perseguição a quem não demonstra alinhamento irrestrito ao núcleo duro da gestão. O ambiente, segundo relatos, remete às práticas da velha política tocantinense, especialmente dos períodos de tensão entre Siqueira Campos e Marcelo Miranda — com a diferença de que, hoje, o conflito é interno, dentro da própria administração.

Até mesmo lideranças históricas que fizeram parte do grupo político de Siqueira, e que aderiram ao projeto de Eduardo na campanha, relatam estar sendo ignoradas, preteridas ou afastadas das decisões.

Máquina travada e desgaste institucional

O reflexo desse ambiente de crise é diretamente percebido no funcionamento da máquina pública. Fontes apontam que processos estão travados, decisões importantes são postergadas e projetos fundamentais para a cidade não avançam.

A avaliação dos bastidores é categórica: o problema não é financeiro, nem estrutural — é político e de gestão. É, nas palavras das fontes, consequência direta da centralização excessiva, da vaidade e da falta de capacidade técnica e política de quem hoje comanda áreas estratégicas da administração municipal.

O cenário, segundo os relatos, é de uma cidade paralisada, com uma administração isolada, alianças políticas esfaceladas e uma gestão que opera sob intensa pressão interna e externa.

Um desgaste que cruza todos os grupos

Independentemente da origem — se do núcleo político de Eduardo, do grupo de Siqueira ou do entorno de Poliana — o discurso ouvido hoje nos bastidores converge em um ponto: o desgaste é insustentável.

Fontes afirmam que o estopim da insatisfação não é apenas político, mas também de ordem pessoal e de gestão. Reclamações sobre condutas, posturas e centralização tomam conta dos bastidores.

Entre as queixas mais recorrentes está o comportamento descrito como grosseiro, truculento, ríspido e centralizador de uma figura da própria administração.

O desconforto é generalizado. Nem os aliados históricos de Eduardo, nem as lideranças que fizeram parte da trajetória de Siqueira Campos, tampouco o grupo formado por Poliana, se sentem confortáveis com a condução.

A percepção quase unânime é que essa condução não dialoga com Palmas, não conhece a cidade e não compreende os bastidores políticos e sociais locais.

“Ela se comporta como se entendesse tudo, mas quem vive a cidade percebe que não. Isso tem gerado desconforto e atrito com todos, sem exceção”, afirma um interlocutor da alta cúpula do governo.

Postura que reproduz traços da gestão passada

 

Há quem veja na atual condução uma reprodução do que foi a última gestão de Eduardo enquanto conduzia o governo do pai, Siqueira Campos.

Naquela época, o modelo adotado foi marcado por centralização, postura autoritária, dificuldade de diálogo com aliados e crescente isolamento. A percepção, segundo diversas fontes, é que o mesmo padrão de conduta se repete agora, potencializado.

“O que estamos vivendo hoje não é surpresa para quem acompanhou aquela fase. A diferença é que agora o ambiente é outro, a cidade é outra e o peso disso tudo está muito maior”, afirma uma fonte que participou dos dois períodos.

O episódio Elcio Mendes e o agravamento do racha

Um dos episódios mais simbólicos desse processo foi a nomeação de Elcio Mendes para um cargo estratégico. Havia expectativa consolidada de que outro nome, com mais histórico de contribuição, mais capacidade técnica, especialmente nas áreas de publicidade, articulação e gestão, fosse escolhido.

Quando a escolha recaiu sobre Elcio, o resultado foi uma onda de insatisfação. A avaliação, dentro dos bastidores, é que a escolha foi pautada mais em relações pessoais do que em critérios técnicos ou estratégicos.

“Foi uma quebra de expectativa enorme. Isso agravou ainda mais o racha, principalmente entre quem sustentou a campanha e quem apostava na profissionalização da gestão”, diz uma liderança próxima ao núcleo político.

Perseguição e clima de velha política

O ambiente interno também trouxe de volta uma lógica que muitos acreditavam superada na política tocantinense: a perseguição a quem não demonstra alinhamento absoluto com o núcleo duro da gestão.

Fontes relatam que servidores, aliados e até lideranças políticas estão sendo sistematicamente ignorados, preteridos ou afastados de decisões por não se submeterem integralmente à condução do governo.

“A gente vive hoje uma reprodução do que foi a política na época de Siqueira Campos contra Marcelo Miranda, só que agora o conflito é interno. É dentro do próprio governo”, relata uma fonte.

Nomes históricos do grupo político de Siqueira que aderiram ao projeto na campanha hoje relatam, nos bastidores, que são tratados como peças descartáveis.

Máquina pública travada: impacto direto na cidade

O impacto desse cenário é concreto e visível. Relatos do funcionalismo e de lideranças comunitárias apontam que processos estão travados, decisões são postergadas, e serviços essenciais não avançam.

“O problema não é dinheiro. É falta de gestão, vaidade, centralização e incapacidade operacional de quem está conduzindo. A cidade está parada. E o prejuízo é da população”, resume uma fonte que atua há mais de 20 anos na administração pública da capital.

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