cardiologista aponta que o tempo que a pessoa leva fumando pode trazer consequências, mas que reverter.

Da Redação

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Dados da organização apontam que quase 6 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do tabaco, e deste total 600 mil são fumantes passivos, ou seja, convivem com fumantes, mas não fazem uso direto da substância.

Visando a conscientização da população quanto aos malefícios desse vício, a OMS, instituiu em 1987 o Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado anualmente em 31 de maio, a data tem como objetivo alertar sobre os riscos que o consumo do cigarro traz para a saúde humana seja de forma direta ou indireta, no caso dos fumantes passivos.

O médico cardiologista e professor efetivo da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Henrique Furtado, relata sobre alguns dos riscos que o tabaco pode trazer para a saúde do coração. “Além do vício, o uso do tabaco pode desencadear uma série de problemas cardíacos no indivíduo, haja vista que o tabagismo está entre os três fatores de risco mais importante para desenvolver aterosclerose coronariana e de outras artérias, ao lado de Hipertensão Arterial não controlada e dislipidemia (aumento do colesterol e triglicérides). Portanto, o hábito de fumar traz mais risco que a diabetes, sedentarismo, aumento do ácido úrico, etc., e assim aumenta substancialmente o risco do paciente apresentar angina e infarto do miocárdio,” aponta.

De acordo com o cardiologista, além das doenças cardiovasculares, o risco de que essas pessoas sofram um acidente vascular cerebral (AVC) também aumenta. No sistema respiratório, podem provocar enfisema pulmonar, com insuficiência respiratória grave, especialmente na velhice. E o mais importante aumenta muito a incidência de câncer de pulmão, com toda sua gravidade, levando até ao óbito”, enfatizou.

O especialista lembra que o uso do cigarro reduz a expectativa de vida do fumante. “O tempo de vida dos fumantes se reduz por virem a apresentar aterosclerose com aumento da ocorrência de infarto do miocárdio, AVC, câncer de pulmão e outras doenças causadas pelo hábito de fumar. Cabe ressaltar que, além da redução da expectativa, os fumantes têm uma péssima qualidade de vida, inclusive pelo constrangimento de sair dos ambientes para fumar, sensação de impotência para deixar de fumar, e uma falta de ar crônica que deixa o paciente sem capacidade nenhuma para fazer tarefas simples”, esclarece Henrique Furtado.

O cardiologista aponta que o tempo que a pessoa leva fumando pode trazer consequências, mas que podem ser revertidos em alguns casos com o tratamento adequado e o abandono do cigarro. “Dependendo de quanto tempo o paciente fumou, a maioria dos sintomas e riscos podem se reverter. E lembrar que existem pneumologistas que têm tratamento que auxilia a deixar o hábito de fumar”, finalizou.

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