A Ucrânia fazia parte da extinta União Soviética, mas declarou independência no dia 21 de agosto de 1991

Da Redação

O pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na noite desta terça-feira, 01, traz a confirmação das sanções já previstas desde a invasão da Ucrânia pelas forcas militares Russas. 

Em seu primeiro discurso do Estado da União de Biden, anunciou as medidas que serão tomadas para punir as ações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, após a invasão do pais irmão. Entre as medidas precisas estão sanções financeiras impostas à Rússia, que gerará uma perda de bilhões de dólares a economia do país, e o fechamento do espaço aéreo a aeronaves russas, ações já executada por outros países, como membros da União Europeia e o Canadá desde o início da ocupação russa. 

Em uma das suas falas, o presidente chegou a dizer que a guerra de Putin foi premeditada, e não provocada. "Ele rejeitou repetidamente os esforços de diplomacia. Pensou que o Ocidente e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não responderiam. E pensou que poderia nos dividir em casa. Putin estava errado. Estávamos prontos.”, destacou Biden. 

Mas por qual motivo a Rússia invadiu a Ucrânia? 

Para compreender parte do conflito entre atual e os motivos da invasão russa a Ucrânia, é necessário voltar aos livros de história e relembrar as marcas deixada na geopolítica mundial após período do pós-Guerra Mundial, através de três pontos de vistas diferentes: Ucrânia, OTAN e Rússia. 

A Ucrânia fazia parte da extinta União Soviética, mas declarou independência no dia 21 de agosto de 1991, década em que outros países da ex-repúblicas soviéticas. Entretanto, alguns dos diferencias do país estava ligado a sua população e o seu potencial agrícola, industrial e militar.

De um outro lado do conflito, está a  a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança militar internacional fundada em 1949, durante a Guerra Fria, com o objetivo era estabelecer um pacto militar entre os países do Tratado do Atlântico Norte contra o avanço da influência socialista. Com o fim da Guerra e da ameaça comunista, a OTAN, que tem como um dos líderes os Estados Unidos se converteu em um organismo expansionista, com vistas a garantir os interesses econômicos das nações membros ao redor do mundo, buscando agregar nos últimos anos os países da ex-repúblicas soviéticas.

Portanto, o conflito geopolítico atual tem como foco impedir a participação da Ucrânia em se aliar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança militar que atualmente conta com 30 membros, já que durante as negociações da OTAN com países europeus, houve um pacto formal, que não foi assinado, de que os EUA não iriam abordar países da antiga URSS para entrar na organização, já que, como afirma o presidente da Rússia, Vladimir Putin, presidente da Rússia, a adesão da Ucrânia e da Geórgia pela OTAN é uma ameaça ao seu país, tendo como base a disputa de poder entre dos Estados Unidos e da Rússia . Vale lembrar, que países de fronteira com a Rússia como Estônia, Letônia e Lituânia já foram anexados a aliança militar em 2004. 

Mas qual o impacto das movimentações no mundo e no Brasil?

De acordo com o cientista político, João Portelinha, não ha um interesse da Rússia em se fixar na Ucrânia, apenas que o pais esteja em uma posição neutra para que haja segurança para a Rússia. “Se houvesse interesse, não teriam dado independência aos países na década de 90. O que acontece é que a Rússia sente-se ameaçada em suas fronteiras e tem mostrado poder para se defender”, afirma o cientista político. 

Ainda segundo Portelinhas, o conflito traz reflexos diretos nas exportações em todo o mundo e principalmente no Brasil. “Somos grandes exportadores de soja e naturalmente perdemos mercados, para além de outras influencia como o petróleo e o impacto indireto também na escoarão e na demanda de produtos”, frisa ao dizer que havendo problemas econômicos nos países de conflito todo o mundo sofre com os problemas econômicos. 

Já a internacionalista Maria Tereza Castro Miranda destaca que, apesar do conflito está crescendo desde o 2014, os impactos vistos após a invasão, além da perda de hegemonia dos Estados Unidos no leste Europeu e no futuro possivelmente uma nova formatação do novo sistema econômico, impulsionadas pelas sanções impostas a Rússia. 

Maria Tereza também destaca que a aplicação de novas sanções aumentam a pressão sobre o preço de commodities, do petróleo, gás natural dentre outros produtos, causando um impacto maior a inflação global já alterada pelos efeitos da pandemia, o que pode impactar também diretamente o Tocantins, como um dos maiores exportadores de grãos do país.

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