Ronaldo Dimas contou, ainda, que a Rede Estadual de Saúde não conseguiu estruturar a Região Macronorte

Da Redação

Em coletiva de impressa transmitida por meio de live no Facebook da página da Prefeitura de Araguaína, nesta segunda-feira, 18, o prefeito Ronaldo Dimas (Podemos), criticou a “falta de apoio” do Governo do Tocantins à Saúde do município. Segundo ele, dos 67 leitos existentes na cidade, apenas 10 foram de contrapartida do Estado.

“O que foi feito pelo Governo do Estado em 60 dias? O que ampliou? O governo conseguiu única e exclusivamente implantar 10 novos leitos em Araguaína”, afirmou Dimas.

Ele contou, ainda, que a Rede Estadual de Saúde não conseguiu estruturar a Região Macronorte, mas, segundo ele, também no seu papel de cuidar da população, ele conseguiu parcerias e verbas que o permitiu a adquirir leitos e UTI’s no Dom Orione e no HDT-UFT.

“Saímos de zero para 67 leitos para atender a Região Macronorte. Sendo 29 só de UTI. Apenas 10 foram implantados pelo Estado”, disse.

Ele alfinetou o Governo do Tocantins: “Enquanto a cigarra canta, as formiguinhas trabalham. Agora que a cigarra acordou, viu que não tem comida, está indo atrás das formiguinhas”.

Ronaldo Dimas ainda cobrou do Governo “um cronograma real de ações” para a Covid-19: “Precisamos, urgentemente, que o Governo do Tocantins se posicione, se programe, e apresente um cronograma real das ações no Estado do Tocantins. Já se foram 60 dias. A cigarra tem que parar de cantar e ir trabalhar”, enfatizou.

Verba

Ronaldo Dimas contou que, antes de assumir o Dom Orione, o seu filho, deputado federal Tiago Dimas (SD) encaminhou ao Governo dois ofícios questionando se tinha a intenção nos recursos que poderiam ser encaminhados por meio da janela para realocação de recursos. “O Governo falou que não tinha intenção e que isso já estava no seu Plano de Contingência. Mandamos o dinheiro para Araguaína e montamos UTI’s que só foram possíveis graças ao município”, frisou.

Lockdown

O prefeito afirmou que seguirá as orientações do Governo do Tocantins combinadas com os decretos municipais, mas avisou que “só fazer lockdown não vai resolver o problema”: “Onde está o planejamento das ações em relação aos leitos? Há quanto tempo ouvimos falar em hospital da campanha?”, questionou.

Segundo ele, alguns pontos das medidas do Governo são conflitantes. “Não tivemos nenhum contato prévio a esse decreto e isso fez com que dúvidas fossem geradas como, por exemplo, para o agronegócio. Como que as casas agropecuárias vão fechar em plena campanha de vacinação conta a aftosa?”.

Aumento de casos

Ronaldo Dimas justificou o aumento de casos confirmados do novo coronavírus na cidade. “Testagem grande e posição geográfica uma vez que somos a capital econômica do Estado. Aqui há uma movimentação muito grande de pessoas, uma troca muito grande com o Pará e o Maranhão”, disse.

Ele afirmou que a quantidade de leitos desocupados não foi divulgada pela prefeitura para que os outros estados não ficassem sabendo da disponibilidade do Tocantins: “Após divulgação, outros estados passaram a procurar a nossa rede de saúde. Prioridade é atender os nossos”, disse o prefeito afirmando, ainda, que aproximadamente, de 40% a 50% dos leitos da cidade são ocupados por pessoas de outros estados.

Pico

De acordo com Ronaldo Dimas, as estatísticas de outros países como Itália e Espanha mostram que os picos da doença foram alcançados na média de 20 dias em que a curva começou a subir. Segundo ele, em Araguaína, a curva começou a subir há uma semana. “Às vezes no final do mês, ou início do outro mês, espero que a curva abaixe para pensarmos nas novas medidas que serão tomadas. Mas, na hora que abaixar, ainda vai ter gente precisando de leitos e ainda vamos ter o pico de gente que ainda vai precisar de leitos”, afirmou.

Segundo ele, o protocolo para o uso da Cloroquina e Azitromicina já era adotado por alguns médicos de Araguaína. “Porém, depende, também, de cada conduta médica. Algumas experiências têm mostrado que essa utilização tem dado certo na fase inicial da infecção”, finalizou.

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