O Rio Grande do Sul responde, por exemplo, por 70% da produção nacional de arroz. Mortes de animais, perda de lavouras e estragos à semeadura de pastagens de inverno são alguns dos danos provocados ao agronegócio do estado.

Redação

Durante entrevista a rádios nesta terça-feira, 07, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que, devido às fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul e provocam inundações e mortes, o governo está considerando a importação de arroz e feijão para manter o equilíbrio na produção e evitar possíveis aumentos de preços.

"Agora com a chuva eu acho que nós atrasamos de vez a colheita (do arroz) do Rio Grande do Sul. Se for o caso para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha", afirmou.

A agropecuária do Rio Grande do Sul tem participação importante na produção nacional com vários produtos, incluindo milho, soja, arroz e carnes de frango e suíno. Mortes de animais, perda de lavouras e estragos à semeadura de pastagens de inverno são alguns dos danos provocados ao agronegócio do estado.

O Rio Grande do Sul responde, por exemplo, por 70% da produção nacional de arroz. Em relação à soja, a lavoura do estado representou 8,4% do país em 2023 e, com o crescimento esperado para este ano, passaria a representar 14,8%, ficando atrás apenas de Mato Grosso.

O estado também se destaca na pecuária. Em 2023, ocupou a terceira colocação entre aqueles que mais abateram frangos e suínos. Foi também o quarto maior produtor de ovos e o quinto entre os produtores de leite.

Entenda 

O Rio Grande do Sul tem vivido uma das maiores crises climáticas da história. As fortes chuvas que atingem o estado já deixaram 90 mortos confirmados, 132 desaparecidos e 361 pessoas feridas até esta terça-feira. 

Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 1,3 milhão de pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil.

Mais de 155 mil pessoas estão desalojadas e outros 48 mil estão em abrigos. A marca já supera a última tragédia ambiental no estado, em setembro de 2023, quando 54 pessoas morreram.


 

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