No discurso, o emedebista vincula a demissão da servidora ao posicionamento que adotou sobre a concessão dos parques

Da Redação

O deputado estadual Elenil da Penha (MDB) utilizou o seu tempo na Tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira, 14, para fazer um duro discurso contra o governador Mauro Carlesse (PSL) em relação à exoneração de uma assistente social que trabalhava no Estado. No discurso, o emedebista vincula a demissão da servidora ao posicionamento que adotou sobre a concessão dos parques estaduais do Jalapão, do Cantão, do Lajeado e do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas. 

Antes do pronunciamento na tribuna, Elenil da Penha reproduziu trecho de sua participação na sessão conjunta das comissões ainda em julho para defender que nunca adotou uma postura de “jogar para a galera” e que sequer falou se o projeto “era bom ou ruim”. “Eu não estava pedindo nada demais, mas para que não votássemos de forma acelerada a matéria. Foi isto”, destacou. No Plenário, o emedebista votou contra a concessão pela falta de realização de mais audiências públicas para debater o texto com a comunidade impactada. Com este contexto é que o deputado condenou a exoneração da servidora, que ganhava menos de R$ 2 mil mensais e estava lotada na pasta de habitação.

O deputado relata que a servidora o procurou “chorando” no gabinete após a exoneração. “Me deu vontade também de chorar. […] Ela foi demitida do Estado do Tocantins porque pediu que Elenil da Penha chamasse a responsabilidade da Assembleia para que não votássemos no atropelamento. O mal que eu fiz foi isso”, lamentou o parlamentar, que ressalta já ter votado “muitas matérias de desgaste” oriundas do Palácio Araguaia.

O deputado em sua fala questionou o Palácio Araguaia por ter descontado o voto contrário que deu à concessão dos parques em uma pessoa alheia. “Olha a história desta moça. Eu tenho a Tribuna da Assembleia Legislativa, tive 16.826 vistos, já fui vereador em Araguaína, estou acostumado e calejado nas dificuldades. Mas esta moça não. Ela não entendia, não compreendia. Não merecia isto. Esta jovem estava trabalhando e o governador Mauro Carlesse, sem nenhum tipo de pensamento positivo com os tocantinenses, assinou lá e falou: ‘Vá embora! Porque aquele deputado lá votou que queria mais discussão’”, disparou exaltado.

O emedebista também condenou a postura dos colegas em relação às vontades do Palácio Araguaia. “O silêncio da Assembleia Legislativa neste momento dita o tom da arbitrariedade que está acontecendo. […] Se for baixar para truculência, meus amigos, a coisa não vai para frente”, comentou. Elenil da Penha desafiou Mauro Carlesse, Ivory de Lira e demais parlamentares a justificar a demissão da servidora. “Quero ver o governador ir para a imprensa responder que tinha que ir embora mesmo, que fez serviço mal feito, que realmente prevaricou, que não atendeu bem alguém, que foi estúpida”, emendou.

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