No encontro com o ministro da Justiça, apresentaram um histórico que comprovariam que o governo vem enfraquecendo o poder das investigações policiais no estado.

Da Redação

Delegados da Polícia Civil do Tocantins estiveram reunidos, nesta quarta-feira (21), com o ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro. Na ocasião, eles solicitaram a pasta uma atenção ao "desmonte ao qual vem sido submetida a Polícia Civil do estado". O encontro foi intermediado pelo deputado federal Vicentinho Júnior (PL) que apresentou ao ministro uma série de fatos que, segundo ele, comprovam que desde novembro de 2018, a Polícia Civil tem sofrido um processo de enfraquecimento do seu poder de investigação. 

O presidente do Sindicato dos delegados de Polícia Civil do Tocantins, Mozart Félix citou o histórico das ações realizadas pelo Governo do Estado que incluem exoneração de todos os delegados regionais do Estado; Publicação do Decreto nº 5.915/2019, conhecido como decreto da Mordaça; Edição do novo Estatuto da Polícia Civil que limita as ações dos profissionais, inclusive nas redes sociais particulares; Perseguição contra os delegados responsáveis pelas investigações de combate à corrupção; Tentativa de exoneração de delegado de carreira e a extinção da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA).

Segundo Mozart Félix, ao utilizar da justificativa do cumprimento da portaria nº 631/2019 do Ministro da Justiça, o governo estadual transformou a Dracma, que possuía poder de investigação em todo o Tocantins, em uma Divisão Especializada de Repressão à Corrupção com ações restritas a Capital. Sobre este assunto, o Ministro Sérgio Moro frisou que a portaria tem o intuito de contribuir com o fortalecimento dos órgãos que atuam no combate à corrupção no País e não limitá-los.

O Ministro da Justiça garantiu que vai buscar informações sobre os acontecimentos relatados e responder a demanda do parlamentar antes da audiência que ocorrerá na Comissão de Segurança Pública, em que o governador do Tocantins foi convidado pelo deputado federal, Capitão Augusto (PL-SP),para prestar esclarecimentos.

Além do presidente do sindicado, participaram também da audiênciao delegado Bruno Boaventura e o diretor da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), Rodolfo Laterza.  

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