Até o momento, há 65 mortes confirmadas - 31 vítimas foram identificadas. Autoridades dizem que a quantidade de mortos deve aumentar.

Assessoria de Comunicação

Entenda a tragédia de Brumadinho

Pouco mais de três anos após a tragédia do rompimento da barragem em Mariana, o sofrimento se repete, agora na região metropolitana de Belo Horizonte. A tragédia ocorreu na última sexta-feira, 25, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte. A barragem, da Mina Córrego do Feijão, pertence à Vale.

Até o momento, há 65 mortes confirmadas – 31 vítimas foram identificadas. Autoridades dizem que a quantidade de mortos deve aumentar. Há também 288 pessoas desaparecidas. Os corpos retirados nesta terça, 29, são, provavelmente, de pessoas que estavam no refeitório da Vale, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais os corpos foram encontrados a uma distância que fica entre 800 metros e 1 km de ponto onde se localizava o refeitório.

 De acordo com a Vale, cerca de 600 empregados estavam no refeitório e no prédio administrativo no momento do acidente. O coronel Erlon Dias do Nascimento afirmou que, como o volume de lama baixou bastante em alguns pontos, já é possível visualizar alguns corpos ou "segmentos de corpos".

A lama atingiu o rio Paraopeba e a população no entorno do corpo hídrico foi alertada, visto que o nível da água poderia subir. O Paraopeba tem sua foz na represa de Três Marias e é um dos principais afluentes do São Francisco. Ele faz parte do abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até o momento, a Copasa, responsável pelo abastecimento de água da região, suspendeu a captação no rio, mas afirmou que outros sistemas estão abastecendo a população e que possuem volume de água e capacidade suficiente para isso.

O famoso Instituto Inhotim, que fica em Brumadinho, foi fechado e precisou realizar a evacuação dos visitantes. O acesso à cidade também está difícil. Segundo a Vale, a Barragem I, que se rompeu, tinha a finalidade a disposição de rejeitos provenientes de produção e não recebia rejeitos atualmente. Estava em processo de descomissionamento. Essa barragem usava uma tecnologia de construção bastante comum nos projetos de mineração iniciados nas últimas décadas, mas considerada por especialistas uma opção menos segura e mais propensa a riscos de acidentes.

Ainda não é possível estimar todos os impactos provenientes do rompimento, apesar de o volume de rejeitos ser menor que o de Mariana, o número de mortos pode ampliar consideravelmente a tragédia. As imagens mostram que a lama tomou grande parte da região. Mesmo que a lama não seja tóxica, o material que fica nos rejeitos pode contaminar o solo e a água.

Tocantinense é vítima da tragédia

O operador de máquinas Wanderson Soares Mota, que estava entre os desaparecidos após o rompimento da barragem na mina do Córrego do Feijão, foi encontrado morto. O jovem foi identificado nesta segunda-feira (28). A informação foi confirmada pelo Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, para onde o corpo foi levado, o nome dele consta na lista oficial de mortos na tragédia.

Duas irmãs do jovem estão em Minas Gerais acompanhando o caso. A família mora em Filadélfia, no extremo norte do Tocantins e contou que Wanderson se mudou para Minas há 13 anos para trabalhar. Segundo a mãe do rapaz, Maria Neuza, ele sempre visitava os parentes no mês de julho.

 

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