As visitas no território nacional, têm trazido grandes expectativas quanto à tendência de aumento e a diversidade tecnológica

Da redação

O ano de 2021 está sendo marcado por preocupações quanto à perspectiva econômica do país. O que para muitos pode gerar desmotivação, para o Grupo de especialistas da Scot Consultoria que realiza o Confina Brasil, a situação pode ser revertida. 

A economia brasileira e seu desempenho no segundo trimestre deste ano, está sendo um obstáculo para a expansão do agronegócio, isso porque os efeitos climáticos afetam tanto a agricultura, quanto a agropecuária. 

Além do clima atípico, o Brasil teve outro ponto que prejudicou a exportação de carne bovina, como a ocorrência recente do caso da vaca-louca, em frigoríficos localizados em Minas Gerais e no Mato Grosso. 

Scott Consultoria - Confina Brasil

Em entrevista ao jornal Diário Tocantinense nesta quinta-feira, 09, os representantes do Confina Brasil revelam detalhes sobre o agronegócio e sua expansão. Atualmente, o grupo atua com ênfase no censo demográfico de rebanho confinado, e presta consultoria em todo território nacional, com um trabalho gerador de resultados e de prestígio.

Já em solo tocantinense, a Confina Brasil, executada pela Scot Consultoria. 

Empresa dedicada à competitividade do agronegócio brasileiro, analisam o crescimento do estado quanto ao manejo de rebanhos confinados e fazem uma comparação com as regiões do Sul do Brasil. 

Segundo o analista de mercado e engenheiro agrônomo, Eduardo Henrique Ceccarescio, o Confina Brasil é um projeto que busca realizar avaliações de desempenho no ramo do agronegócio.

“O Confina Brasil começou o ano passado, e a gente visitou os cinco principais estados de pecuária, com os maiores rebanhos e maiores representatividades no início do país, que foi Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás”, afirmou Ceccarescio. 

A estratégia da consultoria do confinamento feito pelo grupo foi descrita da seguinte forma: 

*As fazendas a serem visitadas são indicações de patrocinadores; 

*Cada região tem um representante da Nutron (marca de nutrição animal da Cargill no Brasil), e da Casale (Empresa de soluções para agropecuária);

 *Nas visitas marcadas, são aplicados questionários para coletar o máximo de dados sobre a região, o tipo de animal e os meios que a propriedade usa para cuidado; 

“Esse ano estamos andando em 11 estados, então começamos lá no Rio Grande do Sul, uma equipe foi para uma região mais costeira ali (região mais Oeste), outra equipe foi em sentido a Argentina, Uruguai. Bem na fronteira ali são dois perfis bem diferentes, quando andamos mais para a fronteira Sul a gente vê uma pecuária mais, mais extensiva, uma pecuária em campos nativos que usa o confinamento, bem como, estratégia mesmo”, explica Ceccarescio. 

Antes da recente paralisação na exportação de carne bovina, anteriormente, no mês de julho o volume total de exportação cresceu cerca de 11,2% comparado ao ano anterior, de acordo com a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).   

Conforme Bruno Wiziackalvin, Técnico Veterinário do Confina Brasil, as visitas no território nacional, têm trazido grandes expectativas quanto à tendência de aumento e a diversidade tecnológica. 

“Na região Sul nós já temos números parciais, e lá a gente já percebeu que do ano passado para cá a gente já teve um aumento no número dos animais confinados. Isso está muito ligado a oportunidade de compra de alimentos na região, a gente tem percebido a expansão da agricultura não só no Sul, mas no centro-oeste e no Norte também”, diz Wiziackalvin. 

Ainda segundo Wiziackalvin, a agricultura vai expandindo, e competindo com áreas da avicultura. 

"Conforme a expansão da agricultura vai acontecendo, a gente começa uma oportunidade, um pouco de elemento maior. Isso acaba viabilizando as plantas de confinamento que antes eram mais regiões de pecuária, com mais dificuldade de logística de insumo, então isso é um fato que a gente percebeu que está acontecendo, detalha. 

Diferença do confinamento nas regiões do Brasil 

Eduardo Ceccarescio explica que a diferença das regiões centro-oeste, norte e sul na criação e engorda dos confinados está na pastagem de inverno, que abrange as safras de verão, como os grãos de soja, milho e trigo.

“Quando você vai para o confinamento o que se observa é uma estratégia mais de recria, então eles tiram esses animais que nasceram na pastagem de inverno, colocam no confinamento para fazer uma recria, ganhar um pouco mais de peso para depois voltarem para a pastagem de inverno, no outro ano”, descreve.  

A dieta dos confinados com resíduos de arroz e trigo, são mais volumosas comparado com a dieta da região norte do país. 

Tocantins 

“O Tocantins está estabilizando na agricultura agrícola, está dentro do MATOPIBA e eu acredito que essa expansão da agricultura com certeza vai influenciar no número de animais confinados. É uma tendência natural o aumento de animais confinados aqui no Tocantins, isso já está acontecendo! As duas visitas que fizemos ontem 08, em Pedro Afonso e em Guaraí, foi perguntado aos proprietários e aos técnicos da região e eles falaram que estava aumentando ano a ano, e isso está ligado com a expansão da agricultura, da tecnologia, a ideia de encurtar os ciclos para ter um disfrute maior da propriedade”, finaliza Ceccarescio. 

Presenças

Presente no bate-papo com a Scot Consultoria, realizadora da Confina Brasil, estavam os representantes do Sicredi MS/TO, Jorge Fernando Moreira e Danilo Igor. Eles atuam na unidade regional de Colinas do Tocantins.

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