O comércio varejista fechou 2018 com alta de 2,3%, a maior taxa anual desde 2013, quando as vendas aumentaram.

Da Redação

O comércio varejista fechou 2018 com alta de 2,3%, a maior taxa anual desde 2013, quando as vendas aumentaram 4,3%. Foi o segundo resultado positivo consecutivo, ficando ligeiramente acima do desempenho de 2017, quando subiu 2,1%. Mesmo assim, o crescimento acumulado de 4,4% nos últimos dois anos não recuperou a queda de 10,3% em 2015 e 2016.

As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE. Apesar do crescimento no acumulado no ano, as vendas perderam fôlego no segundo semestre, como explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes. “Foi um semestre marcado pela alta do dólar, por incertezas diante do período eleitoral e pela recuperação da greve dos caminhoneiros, mas, no geral, com saldo positivo”, resume. 

No índice mensal, as vendas de dezembro caíram 2,2% em relação às de novembro, no que foi o pior resultado para o mês desde 2000, porém cresceram 1,8% na comparação com dezembro de 2017. “Como em novembro houve uma disparada nas vendas por causa da Black Friday, já era esperado que dezembro registrasse queda”, explica Isabella. 

As vendas da atividade que contempla os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 3,8% e registraram a maior influência positiva, seguida pelos setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com alta de 7,6%, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 5,9%. 

Já as atividades com as principais quedas nas vendas foram combustíveis e lubrificantes (-5%), tecidos, vestuário e calçados (-1,6%), móveis e eletrodomésticos (-1,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,7%). 

“Supermercados, artigos pessoais e farmacêuticos englobam produtos que fazem parte do cotidiano das pessoas. Diante de uma economia estável, são setores que naturalmente apresentam crescimento. Já entre as atividades que caíram, destaca-se o setor de combustíveis e lubrificantes, que, em 2018, sofreram com alta nos preços acima da inflação”, diz Isabella. 

Vendas do setor automotivo têm a maior alta em 11 anos 

No comércio varejista ampliado, que inclui os ramos de veículos e materiais de construção, as vendas tiveram alta de 5%, a maior dos últimos seis anos. O resultado teve forte influência das vendas de veículos, motos, partes e peças, que cresceram 15,1% em 2018, a taxa mais elevada desde 2007, quando cresceu 22,6%. 

“Esse desempenho pode ser explicado pela melhora nas condições de financiamento, refletida na redução das taxas de juros e no aumento do volume de crédito para aquisição de veículos”, encerra a pesquisadora.(Com informações do IBGE)

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