A testagem será feita para conhecer a proporção da população de Palmas que esteve ou está infectada pelo coronavírus

Da Redação

Depois da visita domiciliar feita pela equipe da Saúde de Palmas  à casa da professora aposentada Sônia Maria Linhares, 71 anos, moradora da região Sul da cidade, ela foi convidada a comparecer a sua unidade de saúde de referência para realizar a coleta do material biológico para testagem da Covid-19. A aposentada é uma das moradoras da Capital que fará parte do Projeto de Pesquisa intitulado ‘Novo coronavírus (SARS-CoV-2): inquérito populacional para pesquisa de anticorpos’, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e a Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT).

A testagem será feita para conhecer a proporção da população de Palmas que esteve ou está infectada pelo coronavírus, especialmente os casos assintomáticos ou sintomáticos leve, identificar os locais onde há maior avanço do novo coronavírus, além de  avaliar o comportamento da população em relação às medidas de prevenção.

De acordo com a representante de Fesp, Jaciela Leopoldino, a pesquisa está dividida em quatro fases, onde cada fase tem duas etapas. “Este estudo se assemelha a outros estudos realizados no mundo e no Brasil. Com as informações geradas pela pesquisa será possível, por exemplo, permitir o desenho mais real de estratégias de abrandamento ou intensificação das medidas de isolamento social, com base nas estimativas obtidas”, destaca.

Jaciela explica que, na primeira etapa, os pesquisadores vão às casas dos participantes, aplicam um questionário e agendam um horário para realização do teste (exame de sangue) em um Centro de Saúde e Comunidade (CSC), mais próximo da casa dos participantes. No CSC terá uma equipe especializada e treinada aguardando a população para realização dos testes. “Neste período uma equipe de pesquisadores epidemiologistas estarão realizando várias análises estatísticas para fornecer os resultados de cada fase em até 72 horas após a última coleta. Aqueles que testarem positivos, serão contatados pelos CSC de referência e receberão o manejo adequado para a doença”, orienta.

A enfermeira e residente do Programa de Residência em Saúde da Família e Comunidade da Fesp, Gabrielle Ferreira Santos, que acompanhou a colega da aposentada Sônia Linhares e também de outros moradores, conta que os moradores estão recebendo com tranquilidade as equipes de profissionais.  A enfermeira diz que durante o encontro, é bem explicado sobre as etapas da pesquisa, falamos que a primeira etapa composta por entrevista domiciliar, seguindo as normas de biossegurança preconizadas pela Organização Nacional de Saúde, com duração aproximada de 10 minutos, na qual os pesquisadores fazem perguntas sobre identificação pessoal e profissional, condições de saúde e atitudes comportamentais durante a pandemia da Covid-19. “Para este trabalho, recebemos capacitação sobre questões relacionadas aos objetivos e a metodologia do estudo, questões éticas da coleta de dados, assim como orientações sobre riscos de contágio e cuidados com biossegurança”, pontuou a enfermeira.

O coordenador e tutor dos Programas de Residências da Fesp, Fernando Quaresma, que também é professor de graduação e pós-graduação da UFT, lembra que as medidas e os exames laboratoriais são muito importantes, porque são sinais precoces de contaminação do novo coronavírus (Covid-19). “Com os instrumentos do estudo podemos identificar o perfil socioeconômico e demográfico dos participantes com testagem para verificar a presença do coronavírus, estimar o percentual de pessoas com anticorpos para o coronavírus, avaliar a velocidade de expansão da infecção ao longo do tempo e identificar os determinantes sociais de saúde presentes na comunidade informações que irão servir para caracterizar como potencializadores e limitadores para promoção da saúde”, reforça o coordenador.

O secretário de Saúde de Palmas, Daniel Borini, destaca que a pesquisa terá duração de aproximadamente  um mês e uma semana, podendo ser estendida conforme evolução da doença. “Vamos testar 423 pessoas, com este recorte teremos maior noção da proporção de pessoas na Capital que já estão com anticorpos para o vírus Sars-CoV-2, além de avaliar a velocidade de expansão da infecção, determinar o número de casos assintomáticos e obter cálculos mais precisos de contaminação”, diz o gestor. (Assessoria de imprensa)

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