O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do sistema Infogripe, alerta que este cenário reforça a importância de cautela

Da Redação

Foi divulgado nesta última quinta-feira 13, o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz que aponta quatro estados brasileiros (Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Tocantins) que apresentam uma tendência de crescimento no número de casos e óbitos por Covid-19 e nas incidências de Síndrome Respiratória Agudas Grave (SRAG). Do total de 27 estados no país, 16 mostram sinais de queda nesses mesmos indicadores. Diversos desses estados, porém, ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados nas taxas ao longo de 2020.  O Tocantins figura entre os estados que foram apresentados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Segundo à análise, referente à Semana Epidemiológica (SE) 18, período de 2 a 8 de maio, há indícios de interrupção da tendência de queda nos números no Amapá, Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe. Já o Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo apresentam tendência de estabilização desses valores. 

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do sistema Infogripe, alerta que este cenário reforça a importância de cautela em relação às medidas de flexibilização das recomendações para redução da transmissão da Covid-19.  Gomes destaca que a retomada das atividades de maneira precoce pode levar a um quadro de interrupção da queda ainda em valores muito distantes de um cenário de segurança. 

“Tal situação, caso ocorra, não apenas manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, como também manterá a taxa de ocupação hospitalar em níveis preocupantes. Portanto, essas medidas devem ser adotadas até que a tendência de queda seja mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos”, afirma Gomes. 

Capitais e Distrito Federal

O novo Boletim indica que três das 27 capitais apresentaram sinal de crescimento até a SE 18: Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Palmas (TO). Foi verificada tendência de estabilização em Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Salvador (BA), São Luís (MA), Teresina (PI), Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Goiânia (GO), Natal (RN), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), São Paulo (SP) e Vitória (ES). 

“Esse cenário, assim como alertado para alguns estados, sinaliza que algumas capitais dão indícios de interrupção de queda ainda em patamares extremamente elevados, em curto e longo prazo”, reforça o pesquisador.

Macrorregiões de saúde

Em 13 estados brasileiros, observa-se ao menos uma macrorregião de saúde (conjunto de municípios que compartilham recursos de saúde na rede SUS) com sinal de crescimento nas tendências de curto ou longo prazo: Amazonas, Pará, e Tocantins no Norte; Bahia, Maranhão, Pernambuco, e Piauí no Nordeste; São Paulo no Sudeste; Distrito Federal e Goiás no Centro-Oeste; e Paraná, Rio Grande do Sul, e Santa Catarina no Sul.

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