A PF fez no início deste mês uma megaoperação para investigar o uso de aviões da Força Aérea no tráfico internacional

Da Redação

A Polícia Federal fez no início deste mês de fevereiro uma megaoperação para investigar o uso de aviões da Força Aérea Brasileira no tráfico internacional de drogas. Dez pessoas e três empresas foram alvos de 15 mandados de busca e apreensão e duas medidas cautelares que impedem a saída de investigados do Distrito Federal.

A Polícia Federal iniciou as investigações do caso após a prisão do sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues no aeroporto de Sevilha, na Espanha, em junho de 2019. Ele estava com 39 quilos de cocaína na mala, levada em um avião da FAB que fazia um voo preparatório para uma viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Japão. O sargento foi condenado a seis anos de prisão na Espanha onde cumpre a pena até hoje.

A PF descobriu no decorrer do inquérito que outras pessoas estavam envolvidas no crime, inclusive militares. Agora quer saber quem mais participava do esquema. De acordo com as investigações, o grupo fez pelo menos mais uma remessa de cocaína para o exterior usando aviões da FAB. Um dos alvos da operação foi Wilkelane Pereira, esposa do sargento preso, e o tenente-coronel Alexandre Piovesan, que trabalhava com o sargento e também servia ao Gabinete de Segurança Institucional.

Um dos trechos do Inquérito Policial Militar da Aeronáutica diz que o investigado, ou seja, o sargento Manoel Rodrigues, tinha estreita amizade com um oficial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan. Além disso, frequentemente pegava dinheiro emprestado com o tenente-coronel.

Piovesan foi afastado do GSI em 2019. Ele nega envolvimento com o esquema. Na investigação, negou, inclusive, ser amigo do sargento, mas confirmou os empréstimos e os contatos esporádicos que fazia.

Ao Diário Tocantinense o Comando da Força Aérea Brasileira informou que o Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado no âmbito do Comando da Aeronáutica para apurar o caso do sargento detido no aeroporto de Sevilha, Espanha, em 25 de junho de 2019, foi concluído dentro do prazo. Os autos foram encaminhados para a Auditoria Militar competente, que enviou para o Ministério Público Militar, a quem segundo ela coube oferecer a denúncia, estando a ação penal em curso, conforme determina o Código Processo Penal Militar.

Em regime de parceria

A Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal atuaram conjuntamente desde o início das investigações e, no dia 2 de fevereiro, militares apoiaram o cumprimento de diligências necessárias ao prosseguimento da investigação de crimes de competência daquela Força Policial.

A FAB atua firmemente para coibir irregularidades e reitera que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional.

 

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