Professor Portelinha, da UFT, analisa articulações para as eleições de 2026 no Tocantins, destacando cenários para o Senado, o Executivo e os reflexos do cenário nacional.
Faltando pouco menos de dois anos para as eleições de 2026, os bastidores da política tocantinense já se movimentam, com articulações e especulações sobre as disputas para as duas cadeiras no Senado Federal e o Executivo Estadual. O professor Portelinha, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), analisou o cenário político e destacou os nomes que começam a se consolidar na disputa, além do impacto do contexto nacional na realidade estadual.
As duas cadeiras do Senado em 2026
De acordo com o professor, o cenário eleitoral do Tocantins será marcado por disputas estratégicas no Senado. Duas vagas estarão em disputa: uma pertencente a Irajá Abreu (PSD) e outra a Eduardo Gomes (PL).
“Como o mandato de senador é de 8 anos, Irajá e Eduardo precisam avaliar se vão buscar a reeleição ou se lançarão candidaturas ao Executivo Estadual. É uma decisão crucial para ambos, considerando os riscos de deixar o Senado para uma disputa estadual”, explicou Portelinha.
Por outro lado, a senadora Dourinha (União Brasil), eleita em 2022 com mandato até 2031, surge em uma posição confortável, podendo disputar o Executivo Estadual sem perder sua vaga atual.
“A Dorinha está mais tranquila porque, se decidir se candidatar ao governo estadual, não perde seu mandato no Senado. Isso a coloca como um nome importante no tabuleiro político de 2026”, destacou o professor.
Dorinha e seus possíveis apoios
A força de Dourinha para uma candidatura ao governo estadual pode ganhar respaldo de aliados estratégicos. Segundo Portelinha, Carlos Gaguim (União Brasil), correligionário da senadora, já é um apoio natural.
Além disso, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) poderia se aliar à sua candidatura, fortalecendo a base de apoio para uma possível disputa.
- “O apoio de figuras como Gaguim e Wanderlei Barbosa poderia consolidar Dourinha como um nome competitivo na eleição para o Executivo Estadual”, afirmou o professor.
Wanderlei Barbosa: Senado ou reeleição?
Outro nome em destaque é o do atual governador, Wanderlei Barbosa. Circulam rumores de que ele poderia disputar uma das cadeiras do Senado, mas Portelinha acredita que essa hipótese é improvável.
“Para concorrer ao Senado, Wanderlei teria que se desincompatibilizar do cargo. Eu não acredito que ele fará isso. O mais provável é que ele queira concluir seu mandato como governador”, analisou o professor.
Uma chapa independente: Alexandre Guimarães, Vicentinho e Laurez Moreira
Nos bastidores, também há articulações para uma possível chapa independente ao governador Wanderlei Barbosa. Essa composição poderia reunir:
- Alexandre Guimarães (MDB), deputado federal;
- Laura Moreira (PDT), atual vice-governador;
- Vicentinho Júnior (PP), deputado federal.
Porém, Portelinha alerta que Vicentinho Júnior, embora cotado para o Executivo Estadual, tem grandes chances de disputar o Senado Federal.
“Vicentinho Júnior pode se consolidar como candidato ao Senado, onde suas chances são reais. No entanto, deixar essa disputa para arriscar uma chapa ao Executivo pode ser perigoso, caso não tenha sucesso”, ponderou o professor.
Reflexos do cenário nacional no Tocantins
O professor também analisou o contexto nacional e a recandidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Apesar de uma possível vitória de Lula, Portelinha acredita que o reflexo no cenário tocantinense será limitado.
“Mesmo que Lula seja reeleito, os partidos de esquerda não terão grande força no Tocantins. A política local tende a permanecer sob o domínio da centro-direita, uma vez que o cenário nacional nem sempre influencia diretamente as eleições estaduais”, avaliou.
Um cenário ainda em formação
As movimentações e especulações nos bastidores políticos do Tocantins demonstram que o tabuleiro eleitoral de 2026 já está sendo montado. Nomes como Dorinha, Wanderlei Barbosa, Alexandre Guimarães e Vicentinho Júniorcomeçam a ganhar destaque, com decisões estratégicas que podem alterar os rumos da política estadual.
Enquanto as articulações avançam, os eleitores devem ficar atentos às definições que surgirão nos próximos meses, acompanhando de perto os movimentos dos principais líderes políticos do Estado.
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