A Polícia indicou a Irmã e chefe de gabinete da deputada estadual Valderez Castelo Branco. O prejuízo seria de R$ 171 mil.

Da Redação

Três pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de funcionários fantasmas no governo do estado foram indiciadas pela Polícia Civil. Entre os indiciados está Maria do Perpétuo Socorro Castelo Branco, que é irmã da deputada Valderez Castelo Branco. Conforme as investigações, ela teria recebido sem trabalhar entre 2016 e 2019. O prejuízo aos cofres públicos é de R$ 171 mil.

Os outros indiciados foram: o responsável pela antiga superintendência de administração e finanças da Secretaria Geral de Governo, Jânio Potengi Cirqueira de Carvalho, e a chefe de gabinete de Valerez, Noélia Terezinha Vieira de Carvalho.

Segundo apurou o inquérito, a irmã da deputada foi nomeada na extinta Secretaria Geral de governo, que funcionava em Palmas, mas mora em Araguaína, norte do Tocantins. A nomeação foi em maio de 2016 e desde então ela recebeu R$ 4,5 por mês, além de 13º salário, sem fazer expediente no órgão.

A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico da suspeita e constatou que ela esteve poucas vezes em Palmas, durante o período que ficou nomeada. "Constatou-se que Maria do Perpétuo Socorro Castelo Branco, dentro do período de aproximadamente três anos, deslocou-se a Palmas em apenas em cinco oportunidades", diz trecho do relatório.

Apesar disso, as folhas de frequência estavam sendo assinadas pela servidora todos os meses, sendo ratificadas pelo chefe do setor, Jânio Potengi Cirqueira de Carvalho. Ele afirmou em depoimento não conhecer a servidora e que a chefe do RH poderia dar mais informações sobre o caso.

A servidora do RH indicada por ele também afirmou que não conhecia Maria do Perpétuo Socorro e que as folhas de frequência eram entregues para a chefe de gabinete da deputada, Noélia Terezinha Vieira, sendo devolvidas posteriormente assinadas.

A chefe de gabinete, inclusive foi indiciada em outro inquérito que investiga a existência de funcionários fantasmas no gabinete de Valderez Castelo Branco.

O relatório indicia Maria do Perpétuo Socorro Castelo Branco e Noélia Terezinha Vieira de Carvalho por falsidade peculato, falsidade ideológica e continuidade delitiva.

Jânio Potengi foi indiciado por falsidade ideológica majorada e continuidade delitiva. O processos agora será enviado para o Judiciário, cabendo ao MPE oferecer denúncia ou não.

A investigação que faz parte dos desdobramentos da operação Catarse, foi feita pela Delegacia de Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de Araguaína..

Indiciamentos

Pelo menos outros três inquéritos que investigam funcionários fantasmas foram concluídos pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Araguaína, norte do Tocantins, nos últimos meses. As investigações fazem parte da operação Catarse, iniciada em 2018, e que encontrou indícios de pelo menos 300 fantasmas na extinta Secretaria-Geral de Governo.

Em junho, cinco pessoas foram indiciadas no caso de uma enfermeira que recebia do governo mesmo estudando medicina no Paraguai. Entre os indiciados estava o ex-governador Marcelo Miranda.

Fala Comunidade

@diariotocantinense
@diariotocantinense2
@dtocantinense2
@diariotocantinense
Comercial
Redação
Grupo no Whatspp