Presentes do encontro, delegados do Tocantins revelam terem sido afastados da delegacia de combate a corrupção por "ordens superiores"

Da Redação

Na tarde desta quarta-feira (4), uma audiência Pública realizada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, reuniu representantes do Poder Legislativo juntamente com delegados do estado do Tocantins e o secretário Estadual de Segurança Pública, Cristiano Sampaio. A sessão tinha o objetivo de buscar esclarecimentos sobre alterações no regimento da Polícia Civil estabelecidas pelo governo do estado, dentre elas, a extinção da  Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA).

O governador Mauro Carlesse refutou o convite para participar da sessão, deixando a 'batata quente' nas mãos do secretário de Segurança Pública que já tinha de dar explicações sobre a sua pasta a também representá-lo na reunião. O encontro teve duração de 4h30. 

Presente na sessão, o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Tocantins (Sindepol-TO) e da Federação Nacional dos Delegados de Polícia (Fendepol), Mozart Felix, fez uma linha do tempo detalhando todas as ações de combate à corrupção no estado e as retaliações por parte do governo. “O que acontece no Tocantins não é uma sucessão de coincidências, não é uma sucessão de interpretações não tão bem feitas. Não é. Querer dizer que é isso é brincar com a inteligência de qualquer pessoa que esteja lendo”, afirma o presidente Mozart Felix durante exposição de fatos.

Além disso, Mozart Felix relatou sobre os atos de perseguição de que foi alvo e da tentativa de Cristiano Sampaio de excluí-lo dos quadros da Polícia Civil. O secretário de Segurança alegou não ter conhecimento do parecer da Procuradoria Geral do Estado, que apresenta diversos erros jurídicos em seu despacho, e conclui pela manutenção de Mozart no cargo de Delegado de Polícia.

Tensão

Durante a sessão, o deputado Vicentinho Júnior sugeriu, diversas vezes, que Cristiano Sampaio deixasse o cargo. Na ocasião, os delegados Guilherme Rocha e Gregory Almeida revelaram terem sido informados que deixariam a DRACMA pelo ex delegado-geral, Rossilio Correia, por ordem de um "superior", pelo incômodo que estariam causando na Delegacia. Poro conta disso, Rossilio pode ser convocado a participar de audiência futura.

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