Alex Câmara é proprietário de um site de notícias e é apontado como membro do esquema de corrupção que direcionava licitações do governo com gráficas.

Redação

Está prevista para a tarde desta quinta-feira, 7, a audiência de custódia de Alex Câmara, um dos presos pela Polícia Federal na Operação Replicantes, realizada nessa quarta-feira, 6, em Palmas. Câmara é proprietário de um site de notícias e segundo as investigações, ele atuaria como preposto do ex-governador Marcelo Miranda, garantindo o pagamento às gráficas com as quais a Secretaria de Educação (Seduc) tinha contrato.

As empresas pertenceriam a Franklin Douglas Alves Lemes, que também foi preso. A audiência de custódia do empresário aconteceu ainda na quarta-feira. O juiz federal João Paulo Abe manteve a prisão preventiva de Franklin Douglas. O terceiro investigado na operação, o ex-chefe de licitação da Seduc, Carlos Gomes Cavalcante Mundim, também passou por audiência de custódia e continua preso. Ambos estão na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).

O juiz considerou que as acusações de recebimento de vantagens indevidas e a intimidação de jornalistas são graves, o que justificaria a manutenção da prisão.


Operação
A Operação Replicantes foi um desmembramento da Operação Reis do Gado que em 2016 investigou investigou um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro durante as gestões de Marcelo Miranda (MDB). Com o desmembramento, a PF passou a investigar outros supostos crimes também praticados durante a gestão Miranda.
Especificamente neste caso, são investigadas denúncias de desvio de dinheiro em licitações da Secretaria Estadual de Educação nos anos de 2015 e 2016.

Segundo a Polícia Federal, as licitações eram direcionadas para favorecer empresas que pertenceriam a Franklin Douglas. "O investigado Franklin Douglas é o verdadeiro administrador das sociedades empresárias que, conforme se demonstrará em seguida, celebrou diversos contratos com a Seduc havendo fortes indícios da prática de crimes voltados ao enriquecimento ilícito por meio de licitações direcionadas, mediante a corrupção dos demais envolvidos, em especial os irmãos Miranda", consta na decisão judicial.

As empresas de Franklin Douglas teriam recebido R$ 38 milhões em contratos com a Seduc. Para isso, Mundim, que era chefe de licitação da secretaria, assegurava o direcionamento das licitações. Posteriormente, Alex Câmara, que atuava como preposto da família Miranda, segundo a PF, tinha a função de garantir e agilizar os pagamentos às empresas de Franklin.
Ainda segundo a polícia, a família Miranda beneficiava-se do esquema recebendo propina pelas licitações direcionadas.

 

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