Secretarias do Governo do Tocantins são alvo de operação da Polícia Civil

A Polícia Civil realizou, nesta quinta-feira (17), uma operação de busca e apreensão em diversas secretarias do governo estadual do Tocantins, como parte de uma investigação que apura crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro e envolvimento em organização criminosa. A ação contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás e foi realizada em Palmas, Paraíso, Aparecida do Rio Negro e Goiânia (GO).

As secretarias de Cultura, Turismo, Esporte e Juventude estão entre os alvos da operação, que também se estende a empresas e institutos responsáveis pela organização de eventos de interesse público. Segundo a investigação, há suspeitas de que esses eventos estavam sendo utilizados como uma fachada para o desvio de recursos públicos, com várias inconsistências identificadas.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a apuração revelou vínculos financeiros entre os envolvidos, indicando um esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro através de entidades sem fins lucrativos. A Secretaria Estadual de Comunicação emitiu uma nota informando que os fatos investigados estão relacionados a contratos firmados entre 2015 e 2019, em administrações anteriores, e que as secretarias estão colaborando com a investigação. Além disso, a nota assegura que as ordens judiciais de suspensão de contratos e pagamentos em vigor serão cumpridas imediatamente.

Os ex-governadores Mauro Carlesse e Marcelo Miranda, que estiveram à frente do governo nesse período, também se manifestaram. A defesa de Carlesse afirmou que ele está tranquilo e espera que a investigação traga à tona informações sobre o uso dos recursos públicos destinados a eventos, de 2011 a 2024, e esclareça quem se beneficiou de maneira indevida. Já Marcelo Miranda declarou que sempre prezou pela transparência e se colocou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos, afirmando confiar na justiça e na correção da apuração.

A investigação constatou que, entre 2015 e 2018, uma das empresas envolvidas firmou diversos contratos com o governo estadual, recebendo mais de R$ 12 milhões, dos quais cerca de R$ 9,8 milhões foram repasses diretos do governo. Apesar das suspeitas, novos contratos com a mesma empresa continuaram a ser firmados entre 2022 e 2024, totalizando mais de R$ 11 milhões em valores. A decisão judicial ordenou a suspensão imediata dos pagamentos dos contratos em vigor.

O juiz Márcio Soares da Cunha, da 3ª Vara Criminal de Palmas, foi responsável pela autorização dos mandados de busca e apreensão. A operação segue em andamento, com novos desdobramentos previstos nas próximas etapas da investigação.

Nota oficial do Governo do Tocantins

Sobre a operação policial realizada nesta quinta-feira, 17, cabe esclarecer conforme a decisão judicial, se refere a contratos no período de 2015 a 2019, portanto em gestões anteriores.

As secretarias da Cultura, do Turismo e dos Esportes e Juventude estão colaborando com as investigações vão cumprir imediatamente as determinações judiciais de suspensão de contratos e pagamentos que eventualmente estejam em vigor com as empresas envolvidas.

Salientamos que nenhum servidor público ou secretário da atual gestão é alvo da investigação.

 

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