Com a chegada das chuvas, aumenta o risco de proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya, Zika e febre amarela urbana. Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que, até setembro de 2024, o Tocantins registrou 4,8 mil casos de dengue e quatro mortes relacionadas à doença. A concessionária BRK, responsável pelos serviços de água e esgoto no Tocantins e no Pará, reforça a importância de medidas preventivas para combater o mosquito durante o período chuvoso.
Saneamento básico como aliado no combate à dengue
A relação entre saneamento básico e a redução de casos de dengue é evidente. Uma pesquisa realizada pela IDB Invest, em parceria com a BRK, aponta que a ampliação de 10% na cobertura de saneamento básico pode reduzir em mais de 50% as internações causadas pela doença. O gerente de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente (QSSMA) da BRK, Antônio Rodrigues, explica que a infraestrutura de saneamento é essencial para interromper o ciclo de reprodução do mosquito.
“As políticas públicas de saneamento básico criam condições desfavoráveis para a disseminação de vetores, como o Aedes aegypti, além de prevenir parasitas e bactérias. O saneamento é fundamental para proteger a saúde coletiva e a qualidade de vida, especialmente durante períodos de maior vulnerabilidade, como a época de chuvas”, destaca Rodrigues.
Atualmente, o Tocantins apresenta desafios em relação à cobertura de saneamento básico. Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2022 mostram que apenas 49,2% da população do estado tem acesso a serviços de coleta e tratamento de esgoto, abaixo da média nacional de 54%. A ampliação desses serviços é essencial para controlar surtos de arboviroses, como a dengue.
Panorama nacional: avanço e desafios
Em âmbito nacional, a dengue segue como uma preocupação de saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 1,4 milhão de casos foram registrados em 2024 até setembro, com 1.127 mortes confirmadas — um aumento de 16% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Estados com maiores índices de chuvas, como Tocantins e Pará, apresentam condições propícias para a reprodução do mosquito.
Especialistas apontam que o aumento das temperaturas e os padrões irregulares de chuvas, associados às mudanças climáticas, também contribuem para o crescimento das arboviroses no Brasil. “O combate ao mosquito exige esforço conjunto entre políticas públicas, ações de saneamento e a conscientização da população sobre a eliminação de focos de água parada”, afirma Marcos Almeida, epidemiologista e professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Dicas práticas para prevenir a dengue
Para reduzir os riscos, a BRK recomenda ações simples, mas efetivas, para evitar a reprodução do mosquito. Confira as principais dicas:
- Evite água parada: Mantenha garrafas, potes e pneus virados para baixo e sem acúmulo de água.
- Cuide das calhas: Faça a limpeza regular para evitar obstruções que possam acumular água.
- Proteja reservatórios: Tampe caixas d’água e verifique possíveis vazamentos que possam acumular resíduos.
- Higienize recipientes regularmente: Pratos de plantas devem ser limpos e preenchidos com areia para evitar focos de mosquito.
- Cuide do lixo: Feche bem sacos de lixo e mantenha lixeiras tampadas.
- Piscinas e áreas de lazer: Cubra piscinas e realize a manutenção periódica para evitar água parada.
A importância da denúncia
A população tem um papel fundamental no combate à dengue, não apenas adotando as medidas preventivas, mas também denunciando possíveis focos do mosquito. No Tocantins, denúncias podem ser feitas junto às prefeituras ou secretarias municipais de saúde. As ações conjuntas entre poder público, concessionárias e cidadãos são essenciais para evitar a expansão das arboviroses.
Com iniciativas como as promovidas pela BRK e o engajamento da sociedade, é possível reduzir significativamente os impactos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e proteger comunidades inteiras. O período chuvoso exige atenção redobrada e o compromisso de todos no combate à dengue.
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