No último sábado, 20 de janeiro de 2025, durante um evento na Lagoa da Confusão, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) fez declarações que indicaram um tom crítico ao Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol) em meio à polêmica sobre a nomeação de Bruno Azevedo, presidente do Sindicato dos Delegados (Sindepol), para o comando da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Declarações de Wanderlei Barbosa
Em sua fala, o governador reforçou que a escolha de Bruno Azevedo foi pautada pela capacidade técnica e pelo compromisso com a segurança pública no estado. Wanderlei destacou que a gestão da SSP precisa de liderança firme e alinhada com as políticas do governo, sugerindo que críticas feitas pelo Sinpol refletem mais interesses de classe do que preocupações genuínas com a gestão pública.
“Portanto, nós vamos trabalhar aqui no momento certo. Nós não deixaremos de tomar as decisões necessárias para melhorar a segurança pública e garantir uma gestão que contemple o bem-estar da população e valorize os profissionais, dentro do que o Estado pode oferecer”, afirmou Wanderlei durante o evento.
Reação do Sinpol e Sindiperito
A nomeação de Bruno Azevedo havia sido antecipada pela coluna Em Off e imediatamente criticada pelo presidente do Sinpol, Ubiratan Rebello. O sindicato anunciou que não aceitaria “de forma alguma” a nomeação e cogitou paralisações como forma de protesto. Da mesma forma, o Sindiperito, presidido por Silvio Marinho, manifestou preocupação com a escolha de um representante de apenas uma categoria, argumentando que a gestão da SSP exige uma abordagem mais abrangente e conciliadora.
Ambos os sindicatos convocaram assembleias para discutir os próximos passos e possíveis mobilizações contra a decisão do governo.
Contexto da crise
A divergência entre o governo e os sindicatos ilustra a complexidade da relação entre as categorias da segurança pública no Tocantins. A crítica central dos sindicatos está relacionada à percepção de que a escolha de Bruno Azevedo não reflete um compromisso com a isonomia e o diálogo entre todas as classes de trabalhadores da área.
No entanto, Wanderlei Barbosa defende a nomeação como estratégica, destacando que a liderança de Azevedo será crucial para implementar avanços nas políticas de segurança pública. A escolha também reforça o alinhamento do governo com lideranças que compartilham sua visão para o setor.
Próximos passos e expectativa
O descontentamento entre os sindicatos deve gerar novos capítulos de tensão. A assembleia geral convocada pelo Sinpol e pelo Sindiperito será decisiva para definir os rumos das manifestações e pressionar o governo por uma reavaliação da nomeação.
Enquanto isso, o governo tenta apaziguar os ânimos, destacando que as críticas serão respeitadas, mas que a escolha está consolidada. Wanderlei Barbosa deixou claro que sua prioridade é garantir uma gestão eficiente na SSP e atender às demandas da população por maior segurança e melhores condições para os profissionais da área.
A polêmica destaca os desafios enfrentados pelo governo no gerenciamento de diferentes interesses dentro de um setor tão estratégico como a segurança pública. Resta saber se o diálogo será suficiente para superar as divisões ou se o estado enfrentará novos embates políticos e institucionais.
Link para compartilhar: