Um ano e 6 meses, esse foi o tempo em que o Brasil e outros países se encontram na beira de colapso sanitário por conta da Covid-19 e suas variantes. Apesar de ainda não ter cessado, a doença está sendo encarada como uma crise humanitária que necessita de todos os olhares possíveis para contê-la. Mas, como encarar essa crise onde diversas áreas foram prejudicadas, ocasionando assim uma também, crise econômica?
Quando diz respeito ao Brasil, observamos números caindo e um tempo perdido. A crise não chegou só para a área da saúde, ela também entrou em conflito com a educação, relações exteriores, turismo e consequentemente com economia.
O turismo que movimenta cerca de 8,1% do PIB, em específico o turismo de negócios no Tocantins, ganha um espaço e uma permissão para, gradativamente, voltar às atividades.
Por ainda enfrentarmos a pandemia, a volta do turismo de negócio, após um longo tempo, segundo a Dr ª em Turismo Janaína Aires, precisa ganhar um empurrão do poder público para uma retomada que supere a crise e impulsione o destaque do Tocantins no plano nacional.
“O poder público deveria começar a pensar em políticas públicas para incentivar a retomada do turismo de negócio, por projetos que vendem o município de Palmas”, afirma Aires.
Ainda de acordo com Janaína, projetos que envolvam o ‘marketing’ são fundamentais na divulgação e no incentivo da área. “Precisamos vender a cidade para outros destinos do Brasil, fazendo com que movimente o turismo de negócios e eventos do município”, afirma.
Conhecido por ter um enorme potencial turístico, o estado tocantinense oferta uma maior de hotelaria, restaurantes e grandes centros de convenções, além de ter uma localização privilegiada, bem no centro do Brasil. O que facilita e instiga grande parte dos eventos de negócios, tal como, missões empresariais, visitas técnicas, viagens corporativas, feiras, convenções, congressos, fóruns, seminários, palestras e workshops.
Por possuir muitas características que favorecem o turismo, o Estado tem como capital Palmas, uma das dez capitais escolhidas pelo Ministério do Turismo para integrar o projeto-piloto, Destino Turísticos Inteligente (DTI), uma iniciativa que busca promover melhorias de gerenciamento e elevar os níveis de competitividade turística de acordo com cada capital.
A turismóloga, Ana Carolina Zifirino, explica que o turismo teve um impacto negativo e que apesar de gradualmente o setor de serviço, no qual se enquadra, ter voltado de forma remota e híbrida, não deixou de prejudicar a movimentação da economia.
“O setor deixou de ganhar, trazendo um impacto muito negativo, visto que o Turismo de negócio movimenta cerca de 50 setores da economia que foram atingidos diretamente”, afirma Zifirino.
Segundo boletim dos Entes Subnacionais, expedido este ano, 2021, pela Secretaria Especial do Tesouro Nacional, Palmas obteve o segundo menor índice da Dívida Consolidada entre as capitais brasileiras, alcançando 16,9% no quesito, só ficando atrás apenas de Boa Vista, capital de Roraima, cujo índice é de 13,7%.
A dívida pública consolidada ou fundada é instituída como um montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas por leis, contratos, convênios ou tratados, ou seja, a capital ainda precisa se reerguer e fazer acontecer a movimentação econômica.
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