Um Ofício, divulgado na imprensa, do qual o DT teve acesso, mostra que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, alertou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) sobre o possível atentado dos bolsonaristas à sede dos três poderes, em Brasília.
No documento, Dino alertou que o movimento “teria intenção de promover ações hostis e danosas contra os prédios dos Ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral”. O documento foi enviado a Ibaneis no sábado, 07, um dia antes do atentado.
O ministro ainda solicitou o bloqueio da circulação de ônibus de turismo no espaço entre a Torre de TV e a Praça dos Três Poderes, nos dias 8 e 9 de janeiro.
Nesse contexto, considerando a necessidade de preservar a ordem pública, a incolumidade das pessoas e do património público, sugerimos a Vossa Excelência a atuação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no sentido de bloquear a circulação de ônibus de turismo no perímetro compreendido entre a torre de TV e a Praça dos Três Poderes nos dias 8 e 9 de janeiro de 2023.
Ademais, reforço que o Ministério da Justiça e Segurança Pública e as forças federais estão monitorando o referido movimento e encontram-se à disposição para emprego imediato em caso de necessidade, a fim de resguardar o patrimônio da União”, diz trecho do documento.
Investigação
Na última sexta-feira, 13, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a instauração de inquérito para investigar o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB); o ex-secretário de Justiça do DF, Anderson Torres; o ex-secretário de Segurança Pública em exercício, Fernando de Sousa Oliveira; e o ex-comandante da Polícia Militar do DF (PMDF), Fábio Augusto Vieira.
Moraes afirma que houve omissão das forças de segurança do DF diante dos atos de vandalismo, com invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.
Confira o Ofício:
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