Durante sua participação no quadro “Quinta do Agro” do Diário Tocantinense, Pedro Gonçalves, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, trouxe uma análise detalhada sobre a valorização dos preços da arroba do boi gordo no Tocantins ao longo de julho.
Segundo o especialista, os preços nas regiões norte e sul do estado, que começaram o mês abaixo de 200 reais por arroba, mostraram uma valorização significativa.
“Hoje, os valores estão entre 210 e 215 reais por arroba, variando conforme a unidade de comercialização,” disse Gonçalves.
“Essa movimentação nos preços pagos pela arroba do boi gordo condiz com o atual momento, com uma demanda bastante aquecida em relação à oferta que vem um pouco mais enxuta”, destacou.
O analista destacou ainda o papel do Tocantins no cenário de exportação de carne bovina. O estado é o oitavo maior exportador do país, com 46,7 mil toneladas embarcadas no primeiro semestre de 2024, gerando um faturamento superior a 190 milhões de dólares.
“O preço médio da tonelada de carne bovina tocantinense ficou próximo dos quatro mil dólares, enquanto a média nacional é ligeiramente superior, cerca de quatro mil e trezentos dólares,” explicou Gonçalves.
“A classificação da carne e o NCM exportado, seja carne bovina in natura, industrializada, salgada ou miúdos, influenciam esses valores”, observou.
Os principais destinos da carne bovina tocantinense são China, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos, refletindo a tendência dos maiores compradores brasileiros em 2024. Para os próximos meses, a expectativa é de manutenção da estabilidade nos preços, com cotações potencialmente mais firmes devido ao aumento da demanda, tanto interna quanto externa, impulsionada pelo Dia dos Pais e pelo início do mês.
Gonçalves afirmou: “A expectativa para esse momento é de que a estabilidade de preço continue para a região, trazendo até cotações pouco mais firmes.”
Contudo, Gonçalves alertou para uma possível lateralização dos preços devido à maior disponibilidade de carne, especialmente a proveniente de confinamentos.
“Os próximos momentos devem trabalhar com preços um pouco mais lateralizados, devido à maior disponibilidade, principalmente dos provenientes de confinamento,” disse ele.
Para quem busca informações mais detalhadas sobre os dados de confinamento, Gonçalves recomendou acompanhar o Confina Brasil, uma pesquisa expedicionária da Scot Consultoria que coleta dados em todo o país.
Ele também convidou os interessados a acessarem o site da Scot Consultoria e participarem do Encontro de Intensificação de Pastagens, onde serão discutidas as principais práticas da bovinocultura de corte e suas implicações no mercado. “
Para saber mais sobre o mercado agropecuário e tudo que pode impactar o momento, acesse nosso site e participe do nosso próximo encontro,” concluiu.
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