No contexto do agronegócio brasileiro, o mercado de boi tem se mostrado um indicador relevante para a economia das regiões produtoras, especialmente em estados como o Tocantins.
Em sua participação no quadro “Quinta do Agro” do Diário Tocantinense, Felipe Fabbri, analista de mercado da Scot Consultoria, apresentou uma análise atualizada sobre as tendências desse mercado.
Fabbri destacou as variações nos preços das principais categorias de gado, além das perspectivas para o curto prazo, considerando fatores como a oferta, a demanda interna e externa, e eventos sazonais que podem influenciar o consumo de carne bovina.
Ele abordou que, em agosto, o mercado se mostra “mais firme do que em meses anteriores”, especialmente na região norte do estado, onde os preços das categorias de gado registraram altas significativas.
“Estamos começando o mês com preços firmes no mercado do boi gordo, com destaque ao norte do estado, na região de Araguaína, onde as cotações de todas as categorias, boi, vaca e nuvilha, apresentaram aumento na comparação diária”, afirmou.
Fabbri detalhou que, no dia 7 de agosto, o boi gordo estava sendo negociado a R$ 210,00 por arroba na região norte, enquanto a vaca gorda e a nuvilha gorda estavam avaliadas em R$ 188,00 e R$ 195,00, respectivamente. No sul do estado, os preços se mantiveram estáveis, com o boi gordo também a R$ 210,00, a vaca gorda a R$ 195,00 e a nuvilha gorda a R$ 197,00. Ele explicou que todos esses preços são brutos e a prazo, e ainda destacou que o boi destinado à exportação, conhecido como boestina, está sendo negociado com um ágio de R$ 4,00 em relação ao boi comum, alcançando R$ 214,00.
Em relação às perspectivas para o futuro próximo, Fabbri prevê que o mercado continuará firme.
“A oferta, principalmente de fêmeas, está chegando mais fraca ao mercado, e a demanda, tanto externa quanto interna, desenha um bom cenário”, ressaltou.
Por fim, ele mencionou que julho registrou “um recorde de exportações de carne bovina”, e a aproximação do Dia dos Pais pode impactar positivamente o consumo interno.
“A expectativa é de um mercado mais firme em curto prazo para a região do Tocantins”, concluiu.
Link para compartilhar:
