Nesta sexta-feira, 9 de agosto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de baixa umidade no Tocantins, classificando a situação como de “perigo potencial”.
A baixa umidade e a fumaça provocada pelas queimadas têm sido um problema recorrente nos meses mais quentes do estado, entre julho e outubro, durante o verão amazônico. Esse período é caracterizado pela escassez de chuvas e pelo aumento dos focos de incêndio, afetando a qualidade do ar e a saúde da população.
Especialistas em saúde alertam que a inalação da fumaça pode causar inflamações nas vias aéreas, agravadas pelo clima seco e quente. A otorrinolaringologista Amanda Vieira explica que “a exposição à fumaça das queimadas pode provocar inflamações e agravar condições respiratórias. Os resíduos e gases tóxicos presentes na fumaça podem afetar desde o nariz até os pulmões, elevando o risco de doenças como asma, rinite, falta de ar, sinusite e infecções de garganta”
Como evitar a inalação da fumaça pode ser difícil, especialmente em áreas com altos níveis de poluição, a Dra. Amanda Vieira sugere que se busquem ambientes com ar filtrado, como os com ar-condicionado. “Para minimizar os efeitos da fumaça, é aconselhável permanecer em ambientes com ar filtrado sempre que possível. Isso ajuda a reduzir a quantidade de poluentes inalados”, orienta a especialista.
Crianças e idosos são mais vulneráveis e precisam de cuidados adicionais. Manter a hidratação e consumir uma dieta rica em frutas são práticas recomendadas para evitar complicações. O uso de umidificadores de ar ou bacias de água também pode aliviar os efeitos da baixa umidade.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que, entre 1º de janeiro e 7 de agosto deste ano, o Tocantins registrou 5.889 focos de queimadas, um aumento em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 4.312 focos. Apenas na primeira semana de agosto, foram registrados 356 novos focos.
Recentemente, os bombeiros concluíram operações de combate a incêndios florestais na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Lajeado, com a ajuda de monitoramento por satélite. A situação continua crítica e requer atenção contínua da população para mitigar os impactos das queimadas e da baixa umidade.
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