Em sessão do Tribunal do Júri realizada na terça-feira, 6, no Fórum de Formoso do Araguaia, o conselho de sentença reconheceu todas as teses apresentadas pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) contra o réu Everso Silva Santos, acusado de assassinar sua então companheira, Joelita Alexandre de Carvalho. A pena imposta ao réu foi de 20 anos de reclusão, em regime inicial fechado. O crime aconteceu na madrugada de 5 de junho de 2022.
Na sessão, o promotor de Justiça André Henrique Oliveira Leite narrou aos jurados as circunstâncias do crime. Segundo o relato, o réu e a vítima mantinham um relacionamento conturbado há cerca de três anos, marcado por brigas, ameaças e por um sentimento de posse por parte de Everso. Na noite dos fatos, eles tinham saído para jantar em um rancho de Formoso do Araguaia, quando começaram a discutir.
Joelita então saiu do local, a pé, seguindo pela estrada em direção a sua casa. Ela foi alcançada pelo companheiro, que a convenceu a entrar no carro, sob o pretexto de seguirem juntos para a residência. Porém, ele parou em uma estrada vicinal e passou a agredir Joelita, esganando-a em seguida e causando seu óbito. O corpo de Joelita foi deixado na estrada. Ela tinha 48 anos. O laudo pericial confirmou sua morte por asfixia.
Considerando os fatos, o representante do Ministério Público sustentou, diante dos jurados, a incidência das qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, asfixia e dissimulação ou outro motivo que dificultou a defesa da vítima. As teses foram acatadas integralmente pelos jurados, o que elevou a pena do condenado.
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