A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Sintomas
Os sintomas do Dengue podem ser febre alta, de início abrupto, seguido de dor de cabeça, dor muscular, prostração (abatimento, cansaço), artralgia (dor nas articulações), perda do apetite, dor retroorbital (dor atrás dos olhos), náuseas, vômitos, manchas vermelhas pelo corpo, coceira na pele, podendo afetar crianças e adultos e a maioria dos pacientes evoluem para a cura. Mas sem os devidos cuidados o paciente pode evoluir com sinais de alarme como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos ou para a forma grave da doença, com sangramento grave e ocasionalmente choque, podendo levar à morte.
Medicamentos
Ocorre que não há um medicamento exclusivo para o tratamento da dengue, os remédios disponíveis para amenizar os sintomas devem ser indicados por um médico, já que muitos deles, usados no dia a dia e vendidos sem a necessidade de prescrição médica nas farmácias, podem aumentar o risco de sangramento.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) os pacientes com dengue não devem receber anti-inflamatórios não esteroidais (p.ex. ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco, naproxeno, cetoprofeno), corticosteroides (p.ex. dexametasona, prednisosona, betametasona), antibióticos.
Além disso, a agência aponta que nas bulas dos medicamentos no Brasil, existe previsão expressa de contraindicação no caso de suspeita de dengue para medicamentos contendo salicilatos (ácido acetilsalicílico, salicilato de metila, Salix alba), cetoprofeno, BISSULFATO DE CLOPIDOGREL + ÁCIDO ACETILSALICÍLICO, vacina da febre amarela, tacrolimo.
As contraindicações em bula são condições em que o risco do uso do medicamento supera qualquer potencial benefício do tratamento, ou seja, o risco em tomar o medicamento nos cenários das contra indicações listados em bula são maiores que o benefício que o tratamento poderia trazer.
A Anvisa ainda explica que não existe uma lista formal de medicamentos contraindicados para a dengue. Mas, como um alerta geral, qualquer medicamento que apresenta como reação adversa um risco de aumento de sangramentos ou redução da contagem de plaquetas pode representar um risco para o agravamento do quadro da dengue, com aumento do risco de hemorragias.
Dados no Tocantins
No Tocantins, segundo dados epidemiológicos divulgados pela SES-TO, na sexta-feira, 16, houve um aumento de 107,2% no número de casos prováveis, considerando o mesmo período de 2023, passando de 622 para 1.289 casos em 2024.
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