Provavelmente você já tenha conhecido alguém que parece não ter saído da infância? Alguma pessoa que não se adapta a vida adulta? Ou que simplesmente leva tudo na brincadeira e possui dificuldades de assumir responsabilidades e compromissos? Esse quadro de comportamento que o próprio nome já elucida se chama “Síndrome de Peter Pan”.
Segundo a psicóloga, especialista em comportamento, Keila Godói, o nome dado a esta síndrome refere-se a um personagem criado por um psicólogo americano Dan Kiley em 1983, muito conhecido que se chama Peter Pan. É um garoto que vivia numa terra encantada com criaturas mágicas e piratas. Ali vive suas aventuras ao lado de garotos que assim como ele permanecem numa infância eterna.
“Esse nome surgiu com base nas características desse personagem, que condizem com as características do quadro. Essa síndrome incapacita o indivíduo mentalmente ou de se envolver em situações consideradas adultas”, explica a psicóloga ao DT.
A especialista destaca que essa síndrome é mais comum em homens, porém, também pode atingir mulheres. De toda maneira, a pessoa que sofre com essa síndrome mantém atitudes imaturas e pensamentos infantis, sendo algumas delas encaradas como sintomas.
“A síndrome ainda é um conceito novo sem muitas pesquisas na área. Porém Dan Kiley descreve alguns sintomas que afetam o indivíduo com essa síndrome como a dificuldade de expressão, a procrastinação, dificuldade em construir vínculo, a negação de responsabilidade de fato”, explica ao Diário Tocantinense.
Conforme Godói, essas pessoas são imaturas quando se trata de responsabilidades de trabalho, relacionamentos amorosos e até mesmo de amizades ou com familiares. Além de tudo, elas também tendem a ser dependentes financeiramente dos pais.
Vale destacar que, embora a síndrome seja usada como diagnóstico por muitos psiquiatras e psicólogos, ela não está no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
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