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Opinião: Kátia Abreu estreia como comentarista entre os notáveis da CNBC com análises contundentes sobre o agro e a economia

A estreia de Kátia Abreu como comentarista no Real Time, da CNBC Brasil, não foi apenas mais um movimento na carreira de uma das figuras mais relevantes do agronegócio brasileiro. Foi, na verdade, a consolidação de sua posição como uma voz crítica e embasada em temas centrais para a economia e a transição energética do país. Com falas afiadas e um domínio técnico evidente, a ex-ministra e ex-senadora mostrou que não está entre os “notáveis” do canal por acaso.

Logo no início do programa, Kátia deixou claro que sua participação semanal trará análises profundas sobre dois pilares da economia brasileira: o agronegócio e a energia.

Kátia Abreu fez crítica à tributação na energia solar: “É lamentável”

Na análise sobre o aumento de impostos para insumos de energia solar, Kátia Abreu não poupou críticas. Para ela, a medida representa um retrocesso tanto para a democratização da energia limpa quanto para os compromissos ambientais do Brasil.

“Tributar a energia solar é penalizar uma das fontes mais democráticas que temos. O Brasil é ensolarado de norte a sul, e isso não pode ser ignorado,” afirmou, ao destacar a acessibilidade da tecnologia solar em comparação com outras fontes, como a eólica, que dependem de condições geográficas específicas.

A ex-ministra também questionou o argumento de que o aumento tributário busca proteger a indústria nacional. “A China avançou na produção de placas solares de forma inquestionável. Não podemos competir com esse nível de tecnologia no curto prazo. Penalizar o setor agora só atrasa a transição energética,” criticou.

Agronegócio: elogios e desafios

Ao falar sobre o agronegócio, sua área de expertise, Kátia Abreu fez questão de destacar os avanços conquistados pelo Brasil nas últimas décadas. Para ela, a força do setor é resultado de investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

“Ninguém concorre com o Brasil no custo de produção e na qualidade dos nossos produtos. Isso é fruto de 60 anos de trabalho sério, com a Embrapa à frente e produtores empenhados em se modernizar,” afirmou.

No entanto, ela também pontuou os desafios que ainda limitam o pleno potencial do setor, como a alta carga tributária, os entraves logísticos e as barreiras comerciais impostas por outros países. “Apesar de todas as dificuldades, continuamos liderando. Imagine o que poderíamos fazer se tivéssemos infraestrutura e uma carga tributária mais justa,”provocou.

 Kátia Abreu falou sorbre Carrefour e Mercosul, com uma visão geopolítica

Um dos momentos mais contundentes da estreia foi a análise sobre a decisão do Carrefour França de suspender a compra de carne bovina do Mercosul. Kátia classificou a medida como simbólica, mas destacou seu impacto na relação comercial entre Brasil e Europa.

“O Carrefour precisa refletir que sua força vem de mercados como o Brasil. Retaliar o país que representa 70% de seu faturamento global é um erro estratégico,” criticou, ao lembrar que, enquanto o Carrefour na França enfrenta queda de vendas, o mercado brasileiro cresce a passos largos.

Ela também contextualizou a decisão no âmbito do acordo entre Mercosul e União Europeia, que há décadas enfrenta entraves para sua concretização. Para Kátia, o atual cenário geopolítico favorece o avanço das negociações, mas exige uma postura firme do Brasil. “Esse acordo é estratégico para ambos os lados. O Brasil precisa insistir em condições justas e não aceitar imposições que limitem nossa competitividade,” declarou.

Ao abordar questões ambientais, Kátia Abreu reforçou que o Brasil é uma potência sustentável, com legislações como o Código Florestal que colocam o país à frente de muitos concorrentes globais.

“O agro brasileiro é sustentável por natureza. Cumprimos normas rigorosas e, ainda assim, somos competitivos. Isso precisa ser reconhecido e valorizado no mercado internacional,” disse, em tom de defesa do setor.

Ela também pontuou que barreiras comerciais, muitas vezes justificadas como questões ambientais, escondem uma intenção protecionista por parte de outros países.

A estreia de Kátia Abreu marca território

Com análises diretas e um tom equilibrado entre elogios e críticas, Kátia Abreu mostrou na CNBC Brasil que domina os assuntos que aborda. Sua capacidade de conectar temas como energia, agronegócio e geopolítica em um mesmo debate reforça sua relevância no cenário político e econômico do Brasil.

A cada semana, os espectadores poderão esperar análises que vão além do óbvio, explorando as complexidades do setor agropecuário e as oportunidades que o Brasil pode aproveitar no cenário global.

Na estreia, Kátia Abreu não apenas se consolidou como comentarista, mas reafirmou sua posição como uma das vozes mais influentes do agronegócio e da economia brasileira.

Assista a entrevista aqui:

Leia também:

O mercado brasileiro de açaí: desafios e oportunidades da produção à exportação

 

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