Ação ocorre no município de Almas e investiga rede criminosa ligada a crimes ambientais, usurpação de bens da União e lavagem de dinheiro
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (3), em conjunto com a Polícia Militar Ambiental do Tocantins, a Operação Breque II, com foco na repressão à extração ilegal de ouro no município de Almas, no sudeste do Estado. A ação cumpre mandados de busca e apreensão e tem como objetivo interromper atividades criminosas ligadas à exploração irregular de recursos minerais, que vinham gerando impactos ambientais e movimentações financeiras suspeitas.
De acordo com a corporação, a operação é resultado de uma investigação criminal em curso na Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais, que apura a atuação de um grupo envolvido com a exploração clandestina de ouro, sem autorização dos órgãos competentes. Além dos danos ambientais, há indícios de crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e movimentação irregular de ativos digitais.
Justiça autoriza buscas e quebra de sigilo digital
A operação executou dois mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça Federal da Subseção Judiciária de Gurupi, que também determinou o acesso aos dados bancários e eletrônicos dos suspeitos. As diligências foram realizadas em residências ligadas diretamente à cadeia criminosa e visam aprofundar a identificação dos responsáveis pelo esquema.
A investigação aponta que o ouro extraído de forma ilegal era comercializado fora dos canais formais, em desacordo com as normas de exploração mineral, configurando usurpação de bem público e crime ambiental. A PF confirmou que os investigados não possuíam licenciamento para a atividade, o que fere a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) e a legislação que protege os bens da União.
“Frear atividades nocivas ao meio ambiente”
O nome da operação — Breque II — faz alusão ao esforço conjunto entre órgãos de fiscalização ambiental e forças policiais para conter a degradação causada por atividades predatórias, como a mineração ilegal. Segundo a PF, a atuação criminosa em Almas já havia sido alvo de denúncias anteriores, e o inquérito atual permitiu localizar os responsáveis e colher provas suficientes para a deflagração da operação.
A Polícia Federal reforçou que o combate à extração mineral ilegal é prioridade no Estado e que seguirá atuando em parceria com os órgãos ambientais para garantir a preservação da biodiversidade e o uso regular dos bens públicos.
“Essa operação reforça o compromisso com a proteção dos recursos naturais e com a repressão qualificada a crimes que comprometem o equilíbrio ambiental e a ordem econômica”, diz a nota oficial.
Crimes em investigação
Os envolvidos poderão responder por:
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Extração de recursos minerais sem autorização (Art. 55 da Lei 9.605/1998);
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Usurpação de bem da União (Art. 2º da Lei 8.176/1991);
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Lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, a partir da análise de movimentações suspeitas.
Os nomes dos investigados não foram divulgados, e o inquérito segue sob sigilo.
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