O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, tem chances mínimas de obter permissão para viajar aos Estados Unidos e participar da posse de Donald Trump como presidente em 2025. Essa análise foi feita por Gustavo Sampaio, professor de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), durante participação no UOL News neste sábado (23).
Com o passaporte retido como parte das medidas cautelares impostas pela Justiça, Bolsonaro afirmou ontem que planeja comparecer à cerimônia de posse de Trump. No entanto, a possibilidade de concretização desse desejo é considerada remota.
Análise jurídica aponta dificuldades
Sampaio explicou que, diante das acusações enfrentadas, qualquer pedido para sair do país teria que ser justificado de maneira muito robusta e aprovado pelas autoridades competentes. “A retenção do passaporte e o avanço das investigações tornam improvável que o Judiciário conceda autorização para a viagem”, afirmou o especialista.
Além disso, Sampaio ponderou sobre a postura de Bolsonaro: “Não se sabe se essa declaração sobre a posse é uma afirmação de fato ou se ele entende que sua fala pode ter um efeito político, mesmo que a viagem não aconteça.”
Cenário político em questão
A declaração do ex-presidente também levantou debates sobre sua intenção em alinhar-se novamente a Trump, com quem manteve uma relação próxima durante seus mandatos. Contudo, as restrições legais e a complexidade do caso podem limitar as ações de Bolsonaro, que enfrenta acusações graves relacionadas à tentativa de golpe.
Enquanto isso, a posse de Donald Trump, prevista para janeiro de 2025, já gera expectativas no cenário internacional, especialmente pelo impacto político que sua liderança pode trazer, tanto para os EUA quanto para aliados próximos.
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