A chuva de meteoros Eta Aquáridas, associada aos fragmentos do cometa Halley, voltou a iluminar o céu brasileiro pela terceira noite consecutiva com intensidade acima do previsto. O fenômeno, que atinge seu pico no início de maio, superou as estimativas de visibilidade neste ano e encantou observadores em diversas regiões do país.
Entre as madrugadas de segunda (5) e quarta-feira (7), moradores de cidades do Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e até o interior paulista relataram a observação de dezenas de meteoros por hora, em condições consideradas ideais: céu limpo, baixa poluição luminosa e ausência de nuvens.
Céu limpo e posição da Terra favoreceram o fenômeno
A Eta Aquáridas ocorre anualmente entre 19 de abril e 28 de maio, com pico de atividade geralmente entre os dias 5 e 6 de maio. No entanto, segundo o astrônomo Renato Poltronieri, este ano a chuva apresentou uma persistência atípica, mantendo atividade intensa por mais noites consecutivas do que o habitual.
“A janela de visibilidade foi estendida por uma combinação de fatores astronômicos e atmosféricos. Tivemos noites com pouca umidade e baixa cobertura de nuvens, o que favoreceu registros espetaculares em todo o Brasil Central e parte do Nordeste”, explicou Poltronieri.
Chuva de meteoros tem origem no cometa Halley
Os meteoros observados durante a Eta Aquáridas são, na verdade, fragmentos deixados pelo cometa Halley, que cruzou o sistema solar em sua última visita em 1986. A Terra passa anualmente por essa trilha de detritos, que se desintegram ao entrar na atmosfera a cerca de 66 km/s, produzindo os rastros luminosos no céu.
Embora o Halley só volte a ser visível da Terra em 2061, sua “herança” é celebrada todos os anos por entusiastas da astronomia.
Registros crescem nas redes e encantam observadores
A movimentação nas redes sociais foi intensa nas últimas 48 horas. Vídeos e fotos de meteoros riscando o céu viralizaram com as hashtags #EtaAquaridas, #ChuvaDeMeteoros e #EspetáculoCeleste. Em grupos de astronomia amadora, observadores relataram de 20 a 40 meteoros por hora em locais afastados dos grandes centros urbanos.
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