Ação integra nova fase da Operação Perfídia; prejuízo estimado ultrapassa R$ 12 milhões
A Polícia Civil do Tocantins apreendeu, entre domingo (1º) e segunda-feira (2), dois veículos de alto padrão supostamente adquiridos com recursos desviados de construtoras da capital. A ação integra a segunda fase da Operação Perfídia, que investiga um grupo criminoso responsável por fraudes financeiras que causaram prejuízos superiores a R$ 12 milhões a duas empresas do setor da construção civil.
Coordenada pela 1ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (1ª DEIC – Palmas), a nova etapa das diligências resultou na apreensão de um Volkswagen T-Cross, avaliado em R$ 100 mil, e de um Ford Bronco, com valor de mercado estimado em R$ 200 mil. Segundo o delegado Wanderson Chaves Queiroz, chefe da unidade, os veículos foram localizados após avanços na análise de provas já reunidas.
O T-Cross foi encontrado escondido em uma residência na zona sul de Palmas. Após a apresentação de mandado judicial, o morador que estava na posse do veículo realizou a entrega voluntária. O Ford Bronco foi entregue mediante negociação com o advogado da pessoa investigada.
“O trabalho policial continua, pois as evidências apontam que, durante o período em que atuou, essa organização criminosa gerou milhões de prejuízos aos donos das duas empresas. Agora buscamos identificar e recuperar os bens adquiridos com o dinheiro desviado”, afirmou o delegado.
Os dois veículos foram encaminhados para a sede da 1ª DEIC, onde passarão por perícia. As investigações seguem em andamento para localizar outros ativos ocultos, principalmente automóveis de luxo, que teriam sido utilizados para lavar o dinheiro subtraído de forma fraudulenta.
A Operação Perfídia
Deflagrada no último dia 26 de maio, a Operação Perfídia apura os crimes de furto qualificado por abuso de confiança, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documento particular. De acordo com a Polícia Civil, o grupo é composto por dois ex-funcionários das construtoras e seus respectivos cônjuges.
O esquema, segundo as investigações, funcionou por mais de dois anos com a criação de uma rede paralela de transações e documentos falsos que dava aparência de legalidade aos desvios. Na primeira fase da operação, os quatro principais suspeitos foram presos preventivamente.
A Polícia Civil reforça que a apuração seguirá com foco na desarticulação completa da estrutura financeira do grupo, com rastreamento de bens e recursos desviados. A corporação reitera seu compromisso com o combate ao crime organizado e a proteção do patrimônio das empresas tocantinenses.
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