Levantamento da Neogrid aponta alta de 13,3% no preço do óleo na região Norte, reflexo de um cenário nacional marcado pelo aumento generalizado de alimentos e produtos essenciais.
O óleo de soja, item indispensável na cozinha dos tocantinenses, sofreu um aumento expressivo em novembro, acompanhando uma tendência nacional de alta nos preços de produtos básicos. Dados do estudo Variações de Preços: Brasil & Regiões, divulgado pela Neogrid, mostram que o preço médio do óleo subiu 13,3% no Norte do país, a maior variação entre todas as regiões brasileiras.
Em nível nacional, o produto apresentou alta de 9,7%, passando de R$ 8,26, em outubro, para R$ 9,06 em novembro. No Tocantins, a alta reflete diretamente no orçamento das famílias, especialmente nas classes mais vulneráveis, que já enfrentam dificuldades com o aumento de outros itens, como carne bovina (7,4%) e massas alimentícias (5,4%).
Impacto no consumo e na economia local
Segundo Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid, o aumento contínuo de preços provoca alterações no comportamento de compra. “Consumidores tendem a buscar substituições mais baratas ou a reduzir o volume adquirido, o que afeta diretamente a dinâmica do comércio e da cadeia de abastecimento. Isso exige uma adaptação estratégica do mercado para atender à demanda de forma sustentável”, explica.
O aumento no óleo de soja é apenas uma parte do cenário mais amplo no Tocantins, onde outros produtos básicos também tiveram reajustes significativos. A farinha de trigo, por exemplo, subiu 2,9%, enquanto o leite UHT apresentou leve alta de 3,5%. Por outro lado, algumas categorias registraram quedas no preço, como ovos (-14,5%) e farinha de mandioca (-8,6%), itens que podem servir como alternativas para consumidores que buscam economizar.
Tendências de preços e desafios para 2024
A alta do óleo de soja no Norte faz parte de um panorama nacional em que alimentos e produtos de uso cotidiano tiveram reajustes expressivos ao longo do ano. O café, por exemplo, liderou o ranking das maiores variações no Brasil, acumulando aumento de 38% até novembro. O óleo aparece em segundo lugar, com alta de 27,2% no mesmo período.
Esses aumentos afetam não apenas os consumidores, mas também comerciantes e distribuidores locais, que enfrentam desafios para manter estoques e repassar os custos. Para o Tocantins, estado com grande dependência de produtos transportados de outras regiões, os reajustes acentuam os impactos logísticos e elevam os custos operacionais.
Perspectivas para o consumidor no Tocantins
Especialistas recomendam atenção redobrada ao planejar as compras no fim do ano, priorizando promoções e comparações de preços entre supermercados. Alternativas como feiras livres e cooperativas podem oferecer produtos a preços mais acessíveis, aliviando o peso dos aumentos na renda familiar.
Apesar das dificuldades, o mercado tocantinense demonstra resiliência. As quedas de preço em itens como ovos e farinha de mandioca trazem algum alívio, enquanto consumidores se adaptam às novas condições econômicas e buscam manter o consumo dentro do orçamento.
A expectativa é de que o cenário inflacionário nacional permaneça como um desafio para 2024, exigindo estratégias inteligentes tanto do comércio quanto dos consumidores no Tocantins e em todo o Norte do país.
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